Região

Deputados do PSD por Viseu questionam Governo sobre polo do Centro de Estudos Judiciários

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 23-01-2023

Deputados de Viseu do PSD questionaram hoje a ministra da Justiça sobre as razões que levaram à decisão de instalar o novo polo do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) no litoral do país, em detrimento do interior.

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Num requerimento dirigido à ministra Catarina Sarmento e Castro, os deputados referiram querer saber “quais as razões e as causas que levaram o Governo a instalar o novo polo do CEJ numa cidade do litoral do país, mesmo depois de Viseu se ter disponibilizado a arranjar um edifício para acolher o organismo que forma juízes e procuradores do Ministério Público”.

Sabendo-se que “havia três cidades em cima da mesa para a sua instalação, sendo Viseu, Aveiro e Coimbra, quais são as razões e critérios objetivos que presidiram à escolha de Vila do Conde para o novo polo”, perguntaram os deputados.

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No seu entender, “se o Governo tivesse tomado a decisão da instalação deste organismo no interior tal decisão configuraria um gesto do Estado Central no sentido da ambicionada descentralização”.

“Já que tantas vezes as cidades do interior são esquecidas na execução das políticas públicas, seria uma oportunidade de investir e de tornar os discursos uma realidade”, defenderam.

Na quinta-feira, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), considerou “mais um exemplo de centralismo” a decisão de instalar o polo do CEJ em Vila do Conde.

Para Fernando Ruas, foi “mais uma oportunidade perdida para investir no interior do país e mais um investimento que vai para o litoral”, apesar de Viseu ter sido um dos municípios que se disponibilizaram para o receber.

“Quando se chega ao período das grandes decisões nada é feito em prol das cidades que se situam fora do litoral e não posso, por isso, deixar de manifestar a minha indignação”, afirmou.

O autarca social-democrata disse não ter nada contra Vila do Conde, considerando “até normal que faça a sua pressão”.

“Mas perdemos, mais uma vez, a oportunidade de inverter esta centralização que há tanto tempo o país promove”, lamentou.

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