Saúde
Cirurgiões denunciam casos de doentes que morreram ou ficaram mutilados por sofrerem más práticas clínicas
A denúncia é feita por dois médicos que alertaram para o facto de 22 doentes terem sido vítimas de más práticas clínicas. O caso remonta a 2022, no Hospital Amadora-Sintra.
Segundo informa o Expresso, está em causa cirurgias a tumores que não existiam ou uma hérnia que permaneceu no doente depois de uma operação.
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Os cirurgiões apresentaram queixa à administração do hospital, que indicou ao jornal ter aberto um “processo de inquérito para o apuramento dos factos e eventuais responsabilidades.”
“A Ordem dos Médicos recebeu um pedido para a nomeação de instrutores externos do Colégio de Especialidade de Cirurgia Geral para garantir a imparcialidade do processo e também foi informada da denúncia a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS)”, lê-se na notícia.
As queixas incidem sobre um doente que foi operado ao pâncreas por suspeitas de tumor que, mais tarde, veio-se a comprovar que não existia. O paciente acabou por ter complicações e precisou de nova cirurgia, refere um documento enviado ao semanário.
Um outro caso envolve um doente que chegou a fazer radioterapia quando afinal também não tinha cancro. Os médicos também fazem referência a uma situação de um doente que acabou por morrer depois de ter sido operado a uma hérnia e ter sofrido uma peritonite fatal.
A administração do Hospital Amadora-Sintra terá reforçado a equipa. A Ordem dos Médicos nomeou um perito a 26 de outubro de 2022.
A Ordem não quis comentar o caso e a IGAS menciona que abriu um “processo de natureza disciplinar para apurar os factos”. Segundo indica o jornal, o inquérito preliminar aos primeiros 10 casos parece não apontar para falhas no procedimento médico.
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