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Dois mortos e nove feridos nas últimas 24 horas apesar da trégua declarada por Putin
Pelo menos duas pessoas morreram e nove ficaram feridas nas últimas 24 horas na Ucrânia, apesar do cessar-fogo unilateral declarado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que terminou à meia-noite de sábado, disseram hoje as autoridades ucranianas.
Segundo o vice-chefe da administração presidencial ucraniana, Kyrylo Tymoshenko, um civil foi morto na região de Karkiv (nordeste) e outro na de Donetsk (leste), com nove pessoas a ficarem feridas em três outras áreas.
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Sexta-feira e sábado, durante a trégua estabelecida unilateralmente pela Rússia por ocasião do Natal ortodoxo, as hostilidades continuaram, apesar de uma diminuição da intensidade em comparação com os dias anteriores.
Após o fim do cessar-fogo, o Estado-Maior ucraniano registou durante a madrugada de hoje mais de 50 ataques com mísseis e foguetes russos em várias regiões da Ucrânia.
A vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar, relatou uma situação “difícil” no leste, onde se concentra a maior parte dos combates, e reconheceu que as tropas russas estão “a avançar em algumas áreas”, salientando, porém, que as forças de Kiev também avançam “passo a passo” noutras.
Segundo Maliar, a situação é “muito difícil” em Soledar, cidade localizada perto de Bakhmut, o ponto mais quente da frente de combate, onde a agência noticiosa France-Presse (AFP) deu conta da existência de duelos de artilharia na sexta-feira após a entrada em vigor teórica do cessar-fogo.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para as autoridades ucranianas e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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