Educação

Miranda do Corvo: Sindicato de profissionais da Educação avisa que janeiro vai ser de grande luta

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 03-01-2023

 O presidente do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) alertou hoje que o mês de janeiro vai ser de grande luta em defesa da escola pública, salientando que o protesto não vai parar “tão cedo”.

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Numa conferência de imprensa junto à entrada da Escola José Falcão, em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, André Pestana salientou que a luta iniciada em dezembro em defesa da escola pública visa “melhores condições de trabalho dos docentes, mas também melhores condições de aprendizagem para os alunos”.

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“Prevemos que janeiro vai ser um mês de grande luta, que vai culminar no dia 14 com uma grande marcha em Lisboa”, disse o dirigente sindicalista, referindo que o STOP está “totalmente disponível para negociar” com o Ministério da Educação.

Segundo André Pestana, da parte da tutela tem existido, “infelizmente, um silêncio e ataques pessoais”.

“Esperemos que o ministério e o ministro tenham bom senso, porque, se não o tiverem, [janeiro] vai ser um mês inesquecível ao nível de lutas sociais nas escolas”, disse.

A partir de quarta-feira, a greve estende-se ao pessoal não docente, “que também tem uma avaliação com quotas, salários muito baixos e direito também à Caixa Geral de Aposentações, entre outras”, acrescentou o sindicalista.

“A defesa da escola pública tem de ser um desígnio nacional (…) que devia unir todos os portugueses”, independentemente de serem “mais à esquerda ou mais à direita”, sublinhou.

Na marcha agendada para o dia 14 de janeiro, em Lisboa, André Pestana espera juntar largas “dezenas de milhar de pessoas”, tendo em conta a participação na manifestação ocorrida na capital em dezembro, que segundo o sindicato terá juntado cerca de 25 mil professores.

A greve iniciada em dezembro pelo STOP foi justificada pelo sindicato com a alegada intenção do Ministério da Educação de passar a gestão do recrutamento docente para conselhos intermunicipais de diretores sem ter em conta a graduação profissional.

Em resposta, o ministro da Educação, João Costa, acusou então André Pestana de mentir, garantindo que não há qualquer processo de municipalização da contratação de professores e que a antiguidade dos professores vai ser o critério no modelo que está a ser negociado com os sindicatos para a vinculação dos professores.

O STOP reclama também respostas a questões como a falta de aumento salarial que compense a inflação, que motiva a “falta de professores”, a ausência de contagem de tempo de serviço que esteve congelado, as quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, a penalização na aposentação após 36 anos de serviço e a vinculação dinâmica dos contratados.

Além da conferência de imprensa, quase uma centena de docentes e não docentes participaram hoje num cordão humano junto à Escola José Falcão de Miranda do corvo, empunhando cartazes com as suas reivindicações e distribuindo panfletos pelos pais dos alunos.

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