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Empresário raptado há mais de uma semana encontrado morto em Moçambique
Um empresário raptado há mais de uma semana foi encontrado morto na madrugada de hoje na província de Maputo, sul de Moçambique, disse à Lusa fonte policial.
“Os raptores abandonaram-no na via pública e comunicaram a família, que foi lá buscar o corpo”, explicou à Lusa Henrique Mendes, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na província de Maputo.
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Segundo a polícia, o empresário, raptado no dia 14 de dezembro, foi abandonado na zona de Txumene, nos arredores de Maputo, e apresentava ferimentos e sinais de agressão.
O empresário foi raptado em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais na Matola, por um grupo armado.
Um vídeo das captado por câmaras de vigilância no local do crime mostra o momento exato em que o grupo, composto por quatro homens, arrasta o empresário para uma viatura à luz do dia.
Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.
Moçambique registou, entre janeiro e novembro, 11 raptos e 27 detenções ligadas aos crimes, segundo dados avançados pela ministra do Interior, Arsénia Massingue.
Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de junho, a procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.
Segundo a magistrada, há vítimas “constantemente chantageadas” mesmo depois de libertadas, continuando a pagar quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.
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