Universidade
Estudantes da Universidade de Coimbra “perderam” balão estratosférico (com vídeos)
O balão estratosférico lançado, esta quarta-feira, para o espaço pelos estudantes da Universidade de Coimbra (UC) não chegou ao destino em Castelo Branco.
O balão não foi ainda encontrado, segundo adiantou ao Notícias de Coimbra, já ao final do dia, Mário Simões, diretor do departamento de projetos da Pollux.
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Batizado de Thestias, o balão foi lançado no Aeródromo Municipal Bissaya Barreto por volta das 11h30. Apesar do tempo imprevisível, com vento e chuva pontual, tudo correu bem na hora de levantar voo, para grande emoção do grupo de estudantes que integra a Associação Pollux – Tecnologias do Espaço, júnior iniciativa multidisciplinar da UC, que envolve 37 elementos de várias Faculdades da UC.
Np momento em que todos aguardavam que o balão partisse para o espaço, Mário Simões explicou que a viagem deste balão iria durar entre 1h10 e 1h30, fazendo durante esse percurso “a captação de vários sensores, como temperatura, humidade, posição”, que serão depois analisados e partilhados.
No entanto, a viagem não correu como previsto. A comunicação foi perdida provavelmente devido às condições atmosféricas marcadas por uma elevada densidade de nuvens. O último contacto estabelecido com o Thestias ocorreu quando este sobrevoava a zona de Ceira, apesar de ser tido prevista a sua aterragem no distrito de Castelo Branco.
Depois de encontrar o balão, a equipa vai recolher os dados e “tentar perceber porque é que não teve a trajetória esperada, para analisar o que é que é preciso corrigir”, adiantou ao Notícias de Coimbra.
“Os estudantes estiveram em contacto com o sistema dos sensores” no sentido em que as medições foram feitas em tempo real mas a comunicação com o balão não: a posição e velocidade do balão eram conhecidas com recurso ao módulo GPS. É de referir que as medições feitas pelos outros sensores do sistema estavam a ser guardadas localmente, no cartão de memória do processador.
Com este projeto, os estudantes da Pollux pretendem “mostrar às empresas que são capazes de desenvolver um trabalho desta complexidade a nível da indústria aeroespacial”.
A equipa divide-se em cinco grupos de trabalho, que coordenam e executam o projeto, constituídos por estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia mas também da Faculdade de Direito da UC. Sediada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a Pollux conta com 37 elementos, todos alunos de várias Faculdades, como Letras; Psicologia e Ciências da Educação; Economia; e Direito da UC.
Esta abrangência assegura, assim, a multidisciplinaridade da equipa, como explicou António Cardoso, presidente da Pollux, grupo esse que celebrou agora o sucesso deste primeiro projeto. “O lançamento do balão foi um momento muito emocionante para toda a equipa da Pollux porque é o nosso primeiro projeto, no qual estamos a trabalhar há seis meses, que nos é muito querido, por isso o momento em que o balão voou foi indescritível”, sublinhou.
António Cardoso recorda que a Pollux foi criada há cerca de um ano e meio e desenvolve projetos espaciais de cariz científico e tecnológico e resulta “do reconhecimento da falta de aprendizagens específicas fulcrais ao trabalho a concretizar pelos recém-formados ao ingressarem no mercado laboral”.
Depois do lançamento deste primeiro balão, os estudantes querem perceber agora a “evolução que pode ter”. O presidente explica que foi lançado agora com estes sensores mas o objetivo futuro é “começar a fazer deste projeto um ciclo para depois levar a outras experiências de empresas e da própria Pollux”. É, como frisou, “quase um projeto teste para a evolução que a Pollux pode ter através destes ciclos”.
Veja os vídeos dos diretos NDC:
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