Região
Santana Lopes envolve partidos no processo de aquisição do Cabo Mondego na Figueira da Foz
O presidente da Câmara da Figueira da Foz vai envolver todos os partidos representados na Assembleia Municipal (AM) no acompanhamento da aquisição do Cabo Mondego, cujo negócio está acertado por 2,1 milhões de euros.
Esta foi a solução anunciada hoje por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira (FAP), para continuar com o processo de aquisição, depois de na semana passada ter assumido que o município não ia continuar com o negócio devido a “suspeições” levantadas pelo PS.
Em declarações à agência Lusa, o autarca disse hoje que já falou com o presidente da AM e com os partidos com assento naquele órgão, que concordaram com o acompanhamento do processo negocial, no âmbito da conferência de líderes, possibilitando uma “solução para se atingir o objetivo de adquirir aquele conjunto”.
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A aquisição do Cabo Mondego inclui as antigas instalações fabris, uma pedreira e 76 hectares de terrenos.
“Não quero que subsistam dúvidas nem suspeições e pretendo a máxima transparência”, afirmou o presidente daquela autarquia do distrito de Coimbra, frisando que “assim os partidos podem acompanhar os contratos, os documentos e o processo, para que não haja dúvidas nenhumas”.
Salientando que “houve acordo para seguir este caminho”, Santana Lopes voltou a sublinhar que era “absolutamente inaceitável a existência de um clima de suspeição” sobre a aquisição do Cabo Mondego.
“Assim, o processo será partilhado por todos”, sublinhou o autarca, que não enjeita a responsabilidade de conduzir as negociações.
A compra estava acertada e a proposta do contrato-promessa de compra e venda esteve agendada inicialmente para a sessão de Câmara de 09 de novembro, mas viria a ser adiada para 23 de novembro por solicitação da oposição (PS e PSD), que pretendiam documentos técnicos de suporte à aquisição.
No dia 23 de novembro, o presidente do município da Figueira da Foz interrompeu a reunião em protesto contra o que considerou ser uma atitude de “suspeição” da oposição, em maioria no executivo, que acabou por abandonar a reunião e deixar o órgão sem quórum.
Na sessão de 07 de dezembro, que deu continuidade à agenda de 23 de novembro, Santana Lopes retirou o ponto da ordem de trabalhos e, no final, anunciou aos jornalistas que não ia avançar com a aquisição do Cabo Mondego.
Atendendo “ao sítio e ao valor que tem, assim é possível atingir o desígnio de aquisição daquele conjunto desejado por muitos figueirenses”, disse o presidente do município da Figueira da Foz.
O autarca disse que também já falou com a líder da bancada socialista no executivo, Diana Rodrigues, que deu o seu acordo à proposta, faltando apenas o contacto com o único vereador do PSD na autarquia, que será efetuado entretanto.
Segundo Santana Lopes, com esta proposta de trabalho “não ficam dúvidas de que a aquisição do Cabo Mondego é uma vontade coletiva e uma decisão de todos”, extensível depois à necessidade de contrair empréstimo para a compra.
O passo seguinte, acrescentou, passa pelo presidente da AM falar na conferência de líderes.
Até ao início do próximo ano, o contrato de compra e venda deverá voltar à sessão de Câmara para votação.
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