Saúde
Greve dos enfermeiros com adesão superior a 70% nos Hospitais da Universidade de Coimbra (com vídeo)
A greve dos enfermeiros conta com uma adesão superior a 70% só no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Os dados deste primeiro dia, que ainda não estão contabilizados na totalidade, foram revelados ao Notícias de Coimbra por Paulo Anacleto, coordenador regional de Coimbra do Sindicato dos Enfermeiros portugueses, que adiantou, contudo, que “mais do que os números importam os motivos pelos quais os enfermeiros estão a fazer esta greve”.
Os profissionais manifestam-se, como frisou, contra “as injustiças impostas pelo Governo no processo negocial”. Lamentou que este processo, que visava precisamente corrigir o que não estava bem, tenha criado “novas injustiças e agravado as já existentes”.
O pagamento dos retroativos por via da atribuição de pontos para efeitos de progressão salarial é uma das reivindicações. De acordo com Paulo Anacleto, “esses retroativos deviam ser pagos desde janeiro de 2018 e o governo impôs janeiro de 2022”, o que, na prática, representa que “há enfermeiros que podem perder cerca de 20 mil euros”.
Outra das lutas passa pela valorização dos enfermeiros especialistas. Paulo Anacleto sublinhou que é inaceitável que estes profissionais “ganhem menos, com mais anos de serviço, do que um enfermeiro não sendo especialista”.
“Este processo negocial, que terminou há bem pouco tempo, era para corrigir esse conjunto de injustiças mas vai aprofundá-las. Portanto a resposta dos enfermeiros só pode ser a greve. Não temos outra alternativa”, frisou.
A greve começou esta quinta-feira e vai prolongar-se por quatro dias – 17, 18, 22 e 23 de novembro, entre as 8h00 e as 24h00. Amanhã, sexta-feira, os enfermeiros juntam-se à greve da função pública.
Veja o vídeo do direto NDC:
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