Região
Museu de Conimbriga “mais otimista” com contratação de novos conservadores
O diretor do Museu de Conimbriga, Vítor Dias, congratulou-se hoje com a contratação de dois conservadores, realçando que a medida do Governo permite encarar o futuro “com mais otimismo” ao nível da transmissão do conhecimento.
Vítor Dias disse à agência Lusa que a entrada dos novos profissionais “permite, acima de tudo, uma boa transição e que a perda de conhecimento não se agudize” com a aposentação de técnicos e outros trabalhadores da instituição, localizada no concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
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“É uma excelente notícia, pois podemos finalmente prever uma boa transição”, no Museu Nacional de Conímbriga, designadamente na oficina de mosaicos, adiantou.
A oficina de restauro de mosaicos, “a única nesta área” em Portugal, assegura atualmente “serviços mínimos” com apenas um trabalhador que “vai reformar-se em 2023”, segundo o arqueólogo.
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, revelou hoje que vai lançar dois concursos públicos a fim de contratar 74 vigilantes e 40 conservadores para reforçar os recursos humanos dos museus, monumentos e palácios nacionais.
Destes, dois conservadores restauradores ficarão em Conímbriga e um será colocado no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, anunciou Pedro Adão e Silva, durante uma audição na Assembleia da República, em Lisboa.
“Esta contratação vai ao encontro dos objetivos e das missões do Museu Monográfico”, reagiu o diretor.
Sobretudo, realçou Vítor Dias, fica garantido “que a transição se realize de forma mais adequada”, além de ser possível evitar “perda de conhecimento ao nível do saber fazer”.
Entre técnicos superiores e demais funcionários, o Museu, que funciona em estreita ligação ao campo arqueológico da cidade romana de Conímbriga, emprega atualmente 34 pessoas.
“Podemos encarar o restauro de mosaicos e a manutenção das estruturas arqueológicas com mais otimismo na próxima década”, afirmou, ao recordar que a falta de conservadores era “uma carência há muito diagnosticada”, num sítio arqueológico onde alguns dos achados estão “expostos aos agentes erosivos” há mais de 80 anos.
“Desde que aqui cheguei, em abril de 2021, já se reformaram três pessoas e mais quatro farão o mesmo para o ano”, dispondo agora o Museu de “um único conservador restaurador”, sublinhou Vítor Dias.
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