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Academia Cultural Terras de Poyares lançou revista científica
A Academia Cultural Terras de Poyares celebrou o 1.º aniversário com o lançamento do número zero da revista científica “Poyares Scientiae – Anais das Terras de Poyares”, que decorreu no Centro Cultural de Poiares.
A revista foi apresentada pelo historiador João Pinho e pela diretora da publicação, Deolinda Gonçalves, numa sessão conduzida pelo chanceler da Academia, Pedro Santos, e onde esteve também o presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, o pároco Orlando Henriques e ainda um conjunto de associados, convidados e amigos.
João Pinho, Historiador e Investigador de Coimbra e com dezenas de monografias publicadas, fez uma ‘viagem’ pelos diferentes artigos que compõem este número zero que marca o lançamento da publicação que, conforme o nome ‘anais’ indica, pretende ter uma periodicidade anual, dando conta do trabalho desenvolvido pela Academia, através do seu Conselho Científico.
A diretora da revista, Deolinda Gonçalves, citando Fernando Pessoa, referiu que “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”, para se referir ao nascimento de uma publicação, que, conforme explicou “é de todos nós, para todos vós”, afirmou, dirigindo-se não só a todos os presentes, como a toda a comunidade poiarense.
O Chanceler da Academia Cultural, Pedro Santos, explicou a missão e objetivos desta recém-criada associação que completa agora o seu primeiro aniversário e que, nas palavras do Presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, «vem ocupar um importante lugar e um espaço ‘vazio’ na defesa e promoção da investigação histórica sobre as origens e legado cultural de Vila Nova de Poiares que, apesar de ser um concelho relativamente recente – criado em 1836 e restaurado definitivamente em 1898 – é um concelho com muita história e com um património cultural muito rico».
A data escolhida para a criação da Academia Cultural e também para este lançamento da revista não foi escolhida ao acaso. A 6 de novembro comemora-se a data de criação do concelho de Santo André de Poiares, no âmbito da reforma administrativa de 1836.
O presidente da Câmara Municipal lembrou também a importância desta data, que não tem tido a devida visibilidade, dado que a comemoração do Feriado Municipal acontece a 13 de janeiro, data em que se celebra a restauração definitiva do concelho, uma vez que, depois de criado em 1836, viria a ser suprimido e extinto por duas vezes e, definitivamente restaurado em 1898.
A sessão não terminaria sem que se assinalasse por isso o aniversário, não só do concelho comemorando os 186 anos, mas também da própria Academia Cultural, que assinalou assim o 1º aniversário.
A celebração do aniversário tinha já sido iniciada na noite anterior, com a realização de uma ceia histórica, ao estilo medieval, contribuindo assim para uma reconstituição histórica dos tempos régios, com um conjunto de convidados devidamente trajados, animado pelo afamada ALMANACH, de Coimbra e ao som dos PORTA DA TRAIÇÃO de Penela.
O espaço também ele decorado a rigor, proporcionou uma ‘viagem no tempo’ e um recuar a tempos antigos de antes da fundação de Portugal, alavancado também pelo artesanato poiarense que esteve presente com a diferenciação de toda a louça ser em barro preto, fabricada no Olho Marinho, assim como o “espeto”/garfo em pau de salgueiro-branco realizado na povoação dos Casais, pelas mãos de Olinda Gouveia, trazendo à memória os costumes e tradições de antigamente.
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