Região
Produção de mel caiu cerca de 70% na zona da Lousã (com vídeo)
A quebra na produção de mel chega aos 70% na zona da Lousã. Ana Paula Sançana, diretora executiva da cooperativa Lousãmel, diz que “a situação é dramática”.
Neste momento, as abelhas estão a produzir dois a três quilos por colmeia quando o normal seria entre 10 a 12, explica, considerando que “é desolador” para os apicultores que, ano após ano, se têm deparado com baixas produções.
“O ano era muito promissor, estávamos com muita fé que finalmente iria haver uma boa produção. Mas foi tudo ao contrário porque as condições foram extremamente adversas”, lamenta. Não esconde que a baixa produção de mel “entristece e preocupa”, ainda mais depois da luta travada para se conseguir mercado. “Agora temos mercado e não temos produto”, frisa.
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Ana Paula Sançana lembra que o mel não “é algo que se possa fabricar” mas que depende das “condições climatéricas, da sanidade e vitalidade das nossas abelhas”. A vespa velutina veio também agravar esta realidade mas, apesar de todas as dificuldades, a diretora executiva da Lousãmel assegura que irão trabalhar sempre “para motivar os produtores, para que não desistam e continuem a investir nesta atividade, neste território e em algo que é tão importante para a vitalidade dos ecossistemas”.
Ana Paula Sançana alerta, ainda, para o facto de “as abelhas estarem a passar fome”, sendo necessário alimentá-las de forma artificial, o que acarreta custos pesados para os apicultores.
A nível da produção, as quebras verificam-se, segundo explicou, desde 2018, tendo o ano passado sido o pior de todos. Este ano, na região, a “quebra chega aos 70% comparativamente a um ano de produção normal”. A quebra na produção do mel é um problema sentido em todo o país mas, segundo esta responsável, é “mais dramática neste território”.
Veja o vídeo do direto NDC:
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