Saúde
Mortalidade elevada preocupa cientistas portugueses
A mortalidade continuou elevada no verão, mesmo depois dos piores picos da pandemia já terem passado nessa altura, o que está a preocupar os cientistas portugueses que tentam compreender o fenómeno.
Habitualmente, até 2020, as épocas em que mais pessoas morriam no país estavam associadas à gripe, picos de frio ou períodos de muito calor. A partir desse ano, a covid-19 juntou-se a este grupo. Mas, apesar da pandemia estar mais controlada já no último verão, a verdade é que a mortalidade continuou alta, tanto em Portugal como em muitos outros países da Europa.
De acordo com o Expresso, em maio e junho deste ano, Portugal foi o país da União Europeia (UE) com o excesso de mortalidade mais elevado, ficando três vezes acima da média. Segundo o Eurostat, que calcula este indicador comparando o número de óbitos num mês com a média entre 2016 e 2019, a mortalidade ficou 19% acima do normal em maio e 24% em junho, quando na UE não passou os 8%.
Este cenário agravou-se em julho em muitos outros países. Segundo o jornal, que cita o Eurostat, o excesso de mortalidade na UE subiu para o dobro (16%), atingindo o valor mais alto desde dezembro de 2021, “anormalmente elevado” para um mês de julho.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se cerca de 1700 mortes além do esperado em julho. A partir de agosto o cenário se desagravou-se e, segundo o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o número de óbitos está atualmente dentro do normal.
A DGS e o INSA estão agora a tentar perceber estas alterações e estão a preparar um modelo público de análise da mortalidade a nível nacional nos últimos dois anos.
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