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México quer economia descarbonizada até 2035

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-10-2022

 O ministro dos Negócios Estrangeiros do México disse na sexta-feira que partilha com os Estados Unidos da América a meta de descarbonizar sua economia até 2035, após uma reunião com o enviado especial norte-americano sobre o clima.

“Os Estados Unidos têm o compromisso de ser uma economia descarbonizada até 2035 […] e o México tem um compromisso semelhante”, assegurou Marcelo Ebrard aos jornalistas após a reunião realizada em Hermosillo, citado pela AFP.

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A reunião decorreu sob a égide do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

“Voltamos a ter uma visão comum do México, dos Estados Unidos e do Canadá”, ligados por um acordo de livre comércio, adiantou o ministro, garantindo que o país partilha a “ambição de fazer crescer, rapidamente, a energia solar, geotérmica, eólica e hidráulica”.

O enviado especial norte-americano sobre o clima, John Kerry, adiantou que os dois governos estão na mesma linha para lutar contra as mudanças climáticas e vão harmonizar os seus pontos de vista os próximos dias para apresentá-los na conferência climática das Nações Unidas COP27, que começa no dia 06 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito.

“No ano agora decorrido vimos evidências claras do crescente impacto da crise climática no nosso planeta”, disse John Kerry, exemplificando com as inundações, os incêndios e as secas.

Para o enviado especial, “tudo isso exige” que se façam esforços adicionais para alcançar resultados em Sharm el-Sheikh, defendeu, destacando que é óbvio que o México “está a tomar a iniciativa no processo de tomada de decisões que precisam de ser tomadas face à crise climática”.

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Durante a reunião, o México apresentou o “plano Sonora”, um vasto projeto que visa tornar o estado de Hermosilla, no noroeste do país, um polo de atração de energias verdes, incluindo em particular a produção de lítio, exploração que foi nacionalizada em abril pelo Estado mexicano.

O encontro entre López Obrador e John Kerry ocorreu no momento em que os três países norte-americanos continuam a negociar a harmonização das suas políticas energéticas, principalmente no contexto de rivalidade estratégica com a China.

“Que o México possa ir contra a corrente dos seus dois parceiros norte-americanos [Canadá e EUA] em termos de energia renovável e economia verde constitui um problema geopolítico central para Washington”, disse o embaixador mexicano nos Estados Unidos, Arturo Sarukhan.

Para Arturo Sarukhan, John Kerry “tornou-se numa peça-chave entre as diversas posições e um ator de confiança para o Presidente mexicano face ao governo norte-americano”.

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