Desporto
Joana Diogo entra bem no mundial de judo mas não ‘evita força bruta’ da mongol Bishrelt
Um bom começo nos Mundiais de judo, com uma vitória em pouco mais de minuto de luta, ainda deu esperanças a Joana Diogo, que, a competir em -52 kg, se mostrava confiante para a competição em Tashkent.
Os primeiros sinais foram animadores, com a judoca de Coimbra a resistir ao barulho local e a vencer na estreia, em 1.37 minutos, a uzbeque Sita Kadamboeva, 57.ª, com uma imobilização, depois de levar a sua adversária ao combate no chão.
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Antes, Joana Diogo esteve quase 15 minutos a aquecer – com a portuguesa a revelar que se sentia gelada -, enquanto esperava que o combate anterior acabasse, o mesmo que lhe daria a oponente seguinte, caso vencesse Kadamboeva.
Foi uma luta de ‘titãs’, a projetar o que Joana Diogo podia esperar de seguida: ou encontrava a número um mundial, a húngara Reka Pupp ou a mongol Khorloodoi Bishrelt, nona do mundo e um ‘monstro’ competitivo.
Pupp e Bishrelt digladiaram-se por ‘imensos’ 12 minutos, os quatro de combate, mais quase oito de prolongamento, com a húngara a parecer, tal como os gatos, ter várias vidas e a virar-se de barriga para baixo, de cada vez que a mongol a segurava no ar.
Foram duas tentativas de Bishrelt para quebrar Pupp, com a húngara a evitar em ambas a projeção e foi apenas um terceiro castigo a quebrar a resistência da magiar, definindo que seria Bishrelt a defrontar Joana Diogo, caso esta vencesse.
A luta seria sempre de exigência máxima, com Joana a ter a confiança de uma recente vitória diante da mongol, nos quartos de final de Ulan Bator, onde acabaria por perder já no combate para a medalha de bronze.
“Hoje surpreendi a uzbeque, dou-me bem com as judocas locais, e na Mongólia também, tenho que lutar sempre na casa delas”, disse, mais conformada, a portuguesa, depois de passar na zona mista, sinal de que terminara a sua participação.
Joana Diogo tinha lutado há menos de meia hora com Bishrelt e, desta vez, não teve qualquer hipótese, mesmo estudando o movimento ‘clássico’ da mongol, duas vezes aplicado a Pupp, e também a ela, aos 43 segundos, mas ditando a sua eliminação.
A judoca até reconheceu estar preparada para esse ataque, mas explicou não ter conseguido reverter o movimento no ar, com Bishrelt a ‘travá-la’ pela manga, com a pega feita.
O segundo dia dos Mundiais de judo fechou para Portugal com a participação de Joana Diogo, a única que estaria hoje em prova, numa competição em que a comitiva lusa se cinge a oito judocas, número inferior aos 18 em Tóquio2019 e 13 em Budapeste2021.
No sábado, e com Telma Monteiro (-57 kg) a recuperar de uma cirurgia ao joelho, a seleção lusa não terá judocas em ação, e apenas no domingo será a vez de Bárbara Timo (-63 kg) e João Fernando (-81 kg).
Anri Egutidze (-90 kg) competirá na segunda-feira, o bicampeão mundial em título Jorge Fonseca (-100 kg) na terça-feira e Rochele Nunes (+78 kg) na quarta-feira, enquanto na quinta-feira a prova fecha com as equipas mistas, mas sem Portugal.
No primeiro dia, Rodrigo Lopes (-60 kg) e a vice-campeã europeia Catarina Costa (-48 kg) foram eliminados ao primeiro combate.
por Rita Moura, da agência Lusa
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