Câmaras
Actas de censura?
José Augusto Ferreira da Silva, vereador do movimento Cidadãos por Coimbra, afirmou hoje, 16 de março, na reunião quinzenal do executivo municipal, que existia ingerência política na redacção de actas das sessões, alegando mesmo que estavam a censurar as suas intervenções.
O vereador referia-se ao facto de ter efectuado um pedido de correcção das suas declarações em relação à Igreja do Convento de S. Francisco, que não correspondiam ao que tinha dito, tendo a Divisão de Atendimento e Apoio aos Órgãos Municipais recusado emendar algumas das palavras que tinha proferido.
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O pedido do vereador:
Venho pedir que sejam efetuadas as seguintes alterações:
1. No ponto V. I relativo à Igreja do Convento de S. Francisco eu pedi ao Sr. Presidente que esclarecesse qual era o fim a que se iria destinar a igreja a ao que ele me respondeu que isso resultava da memória descritiva, ao que eu disse que daí não resultava nada do que era necessário saber.
Não me recordo obviamente das palavras, mas peço que seja reanalisada a gravação, de modo a que estas minhas interpelações constem.
3.. Pg 27 , linha 6 em vez de ” possam” deve estar e ” se possa ter” ;
A resposta da Câmara (Divisão de Atendimento e Apoio aos Órgãos Municipais, dirigida por Ana Malho):
Incumbe-me a Sr.ª Diretora do Departamento de Administração Geral de informar que:
1- serão tidos em consideração os pedidos de alterações à ata de 02/03/2015 constantes dos pontos 2 e 3 constantes do email enviado por V.ª Ex.a em 14/03/2015.
2- No que respeita à alteração constante do ponto 1 do email de V.ª Ex.a enviado a 14/03/2015, informo que, por orientações superiores, devemos cumprir o previsto no art.º 57.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro “1 – De cada sessão ou reunião é lavrada ata, a qual contém um resumo do que de essencial se nela tiver passado….”, pelo que as alterações referidas neste ponto não serão tidas em consideração.
Com Manuel Machado ausente da sala das sessões, o que aconteceu várias vezes durante esta tarde, foi Rosa Reis Marques, a Vice-Presidente da CMC a defender a honra da casa, o que a levou a admitir que “Pelos vistos não é uma orientação política, é um equivoco”, atribuindo de seguida a culpa aos “funcionários e ao departamento”.
Confrontada com estas declarações, Rosa Batanete, a directora do Departamento de Administração Geral da Câmara Municipal de Coimbra, lamentou o sucedido e pediu desculpas pelo lapso.
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