A leitura do acórdão do julgamento para determinar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios de Pedrógão Grande recomeçou cerca das 14:30 no Tribunal Judicial de Leiria, apõs ter sido interrompida para almoço.
A audiência começou às 10:27, com a presença de todos os arguidos, tendo a presidente do coletivo de juízes, Maria Clara Santos, determinado a interrupção às 12:30.
Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, chegou nesta terça-feira ao Tribunal de Leiria, onde o esperava uma guarda de honra de cerca de 200 elementos de corporações de todo o país.
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Em causa neste julgamento, que começou em 24 de maio de 2021, estão crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.
No processo, o Ministério Público (MP) contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.
Os arguidos são o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, responsável pelas operações de socorro, e dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro. A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Três funcionários da Ascendi – José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota — foram também acusados. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional (EN) 236-1, onde ocorreu a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.
Ao Notícias de Coimbra, o advogado do autarca de Figueiró dos Vinhos, Ferreira da Silva, mostrou-se confiante na justiça portuguesa.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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