Política
Presidente da República recusa comentar críticas do Chega porque a sua função é “estar acima disso”
O Presidente da República recusou-se hoje a comentar as acusações que lhe foram feitas pelo líder do Chega, dizendo que, além de “não poder entrar no terreno da luta político-partidária”, a sua função é “estar acima disso”.
À margem da inauguração da Feira do Livro do Porto, onde esteve mais de duas horas a visitar os `stands´, Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado sobre o facto de André Ventura ter criticado as suas “ausências” numa altura em que o país estava a arder, reafirmou que não comenta declarações de partidos, de líderes ou outros dirigentes partidários e de governantes.
“Acho que a função do Presidente é estar acima disso. Quer dizer, faz parte da lógica da democracia haver liberdade dos líderes partidários, dos governantes e dos oposicionistas de utilizarem todos os instrumentos políticos de promoção ou de crítica que a democracia permite, incluindo os que se traduzem nos comentários sobre o Presidente da República”, disse.
Na quinta-feira, o líder do Chega, aquando da “rentrée” política no Algarve, criticou “as ausências” de Marcelo Rebelo de Sousa numa altura em que o país está a arder e interrogou-se sobre “o que o prende a António Costa e ao PS, acusando o Presidente da República de “estar sempre a branquear” o executivo.
Dizendo “não poder entrar no terreno da luta político-partidária”, o chefe de Estado afirmou estar “noutro plano como alguém que tem de arbitrar”.
A título de exemplo, o Presidente da República referiu que quando diz que vai mandar determinado diploma para o Tribunal Constitucional está a fazer de “árbitro” e não a dar razão a uma das partes que está em guerra com a outra.
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