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Comissão Europeia apresenta nova ferramenta de avaliação de risco de incêndios florestais
A Comissão Europeia apresentou hoje uma nova ferramenta de avaliação de risco de incêndios florestais na região pan-europeia, que harmoniza vários métodos de análise utilizados até agora pelos diferentes países, com vista à adoção de estratégias nacionais coerentes.
Em comunicado, o executivo comunitário explica que este novo instrumento, denominado “Visualizador de Risco de Incêndios Florestais”, e que consiste num mapa digital que abrange toda a região pan-europeia, “fornece dados harmonizados e permite uma avaliação comparável do risco de incêndio florestal”, sendo fruto de uma colaboração com peritos em incêndios de 43 países durante oito anos.
Segundo Bruxelas, “através de uma metodologia harmonizada”, o instrumento ajudará a União Europeia (UE), os seus Estados-Membros e outros países da região pan-europeia “a proteger vidas e o seu ambiente natural”, sublinhando ainda a Comissão que esta ferramenta pode ser “particularmente importante para os países propensos aos incêndios”, como é o caso de Portugal.
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“Utilizando dados dos últimos 20 anos, a ferramenta fornece uma visão geral dos riscos estruturais atuais”, aponta a Comissão, observando que até agora eram utilizados “diferentes métodos de avaliação de incêndios para diferentes territórios, o que pode ser um obstáculo à avaliação de risco em algumas regiões, especialmente naquelas em que os incêndios transfronteiriços afetam vários países simultaneamente”.
A Comissão realça que, “a nível nacional, o instrumento pode ajudar os Governos e as autoridades de gestão de catástrofes a integrar indicadores de avaliação de risco nos planos de prevenção, mitigação e preparação, o que é particularmente importante para os países propensos aos incêndios”, onde são “necessárias estratégias coerentes para prevenir os danos causados pelos fogos florestais”.
De acordo com o executivo comunitário, “a avaliação do risco de incêndio apoiará iniciativas da UE, tais como o Mecanismo de Proteção Civil, o Fundo de Solidariedade da UE ou a implementação do Regulamento de Desenvolvimento Rural para identificar áreas suscetíveis de estarem em risco médio e elevado de incêndio”.
O risco de incêndio, prossegue a Comissão, “é avaliado considerando as áreas vulneráveis onde as pessoas, os valores ecológicos e socioeconómicos estão expostos ao perigo de incêndio”, e “o risco para as vidas humanas é priorizado pela classificação das áreas onde as pessoas podem estar expostas a incêndios florestais como sendo de alto risco”.
“Para enfrentar as próximas situações de perigo de incêndios florestais no quadro das alterações climáticas, é necessário um enfoque na prevenção de incêndios florestais, com uma atenção específica no planeamento paisagístico adequado, para evitar a profusão e continuidade de materiais combustíveis no solo, e para proteger vidas humanas e bens em áreas propensas ao fogo. Para este fim, é essencial a avaliação do risco de incêndios florestais”, conclui o executivo comunitário.
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