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Aeroporto internacional de Taiwan reforça segurança depois de ameaças de bomba
O aeroporto internacional de Taoyuan, em Taiwan, aumentou o seu nível de segurança após uma ameaça de bomba hoje, poucas horas antes da potencial chegada da líder do Congresso dos EUA que está a provocar ameaças da China.
A operadora do aeroporto, o maior de Taiwan, recebeu hoje de manhã uma ameaça que alertava para a colocação de três engenhos explosivos nas suas instalações, avançou a agência de notícias taiwanesa CNA.
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Segundo a agência de notícias, a polícia garantiu não ter encontrado “nada suspeito” no recinto do aeroporto, mas “reforçou a segurança do aeroporto para garantir a estabilidade dos voos”.
O incidente está agora a ser investigado pela procuradoria de justiça.
Uma das companhias aéreas que já admitiu ser afetada pelas restrições no tráfego aéreo é a Xiamen Air, a primeira privada da China.
A empresa anunciou hoje que ia reagendar 50 voos, mais de metade dos quais com origem ou destino no aeroporto de Gaoqi, na cidade de Xiamen, localizada a cerca de 300 quilómetros de Taiwan.
A cidade fica a apenas 30 quilómetros das ilhas Kinmen, controladas por Taipei, mas muito próximas da China.
Nas últimas décadas, essas ilhas foram alvo de bombardeamentos da China, quando as tensões entre Taipei e Pequim atingiram os seus níveis mais altos.
Também os aeroportos de Quanzhou e Fuzhou, localizadas próximo de Taiwan, decidiram cancelar voos, 55 no primeiro caso e 73 no outro.
Nas últimas horas, a tensão aumentou no Estreito de Taiwan como resultado da possível chegada à ilha, esta tarde, da líder do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi.
A imprensa norte-americana avançou, na semana passada, a possibilidade de a viagem à Ásia de Pelosi passar por Taiwan, sendo que tanto representantes militares como civis chineses têm alertado para as possíveis consequências da visita da responsável norte-americana.
Um vídeo transmitido hoje nas redes sociais mostra imagens alegadamente gravadas nas praias de Pingtan, perto de Xiamen, com veículos militares a desfilar perante o olhar atónito dos banhistas.
Nancy Pelosi está na Ásia em visita oficial e, até agora, anunciou que a visita passará por países como Singapura – onde já se encontra -, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia e Japão, sem nunca referir Taiwan.
A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.
Taiwan, com quem o país norte-americano não mantém relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito com o gigante asiático.
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