Saúde

Covid-19: Bastonário da Ordem dos Médicos defende uso de anticorpos para proteger as pessoas imunodeprimidas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 13-07-2022

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu hoje a administração de anticorpos monoclonais às pessoas com o sistema imunitário deprimido para prevenir a covid-19, alegando que esse tratamento apenas é feito “tarde demais” em Portugal.

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“As pessoas que têm o sistema imunitário em baixo, que não conseguem produzir anticorpos, têm uma alternativa, que são os anticorpos monoclonais neutralizantes, o que está a ser feito em praticamente em todos os países da Europa e que nós não estamos a fazer para proteger essas pessoas”, afirmou Miguel Guimarães, numa audição parlamentar requerida pelo PSD sobre a mortalidade por todas as causas em Portugal.

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Respondendo a uma questão da deputada Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, sobre a mortalidade por covid-19, o bastonário salientou que essa utilização dos anticorpos em pessoas imunodeprimidas “era uma boa recomendação que os deputados poderiam fazer à Direção-Geral da Saúde”, o que também já foi feito pela Ordem.

Em Portugal, o tratamento da covid-19 com estes fármacos só está a ser realizado “quando as pessoas já têm a doença, ou seja, tarde demais”, afirmou.

De acordo com o bastonário, as pessoas que, por algum motivo, tem o sistema imunitário deprimido “não têm à mesma reação às vacinas” contra a covid-19 e não conseguem produzir os anticorpos necessários para ficarem protegidas contra o coronavírus SARS-CoV-2.

“Temos solução para isso. Pode não ser a melhor solução do mundo, mas é uma boa solução, porque dá uma boa proteção. A vacina destes doentes é fazerem os anticorpos monoclonais que nós damos diretamente à pessoa e que lhes vai dar uma proteção”, assegurou o médico.

Miguel Guimarães salientou ainda que as pessoas transplantadas, com doenças oncológicas que estão a fazer imunossupressores ou com outras patologias que causam imunossupressão, são uma “parte significativa dos doentes que têm covid-19 mais grave e que, consequentemente, acabam por morrer”.

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