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Polícia liberta dois suspeitos do roubo de joias na Feira de Arte de Maastricht

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-06-2022

A polícia neerlandesa libertou na quarta-feira dois belgas que tinham sido detidos sob suspeita de envolvimento no roubo de joias avaliadas em 27 milhões de euros de um expositor na Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht.

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De acordo com a agência Associated Press, a polícia da província de Limburg indicou que os belgas, com 22 e 26 anos, foram detidos terça-feira, numa operação policial, pouco depois do roubo à mão armada do expositor londrino Symbolic & Chase, “porque o seu comportamento era suspeito nesse momento”.

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A Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht, uma das maiores do mundo no setor, é organizada pela European Fine Art Foundation (TEFAF) desde 1988 e recebe anualmente cerca de 80 mil visitantes.

As investigações entretanto realizadas ilibaram ambos, segundo a polícia, que não anunciou mais detenções no âmbito do roubo, do qual existe um vídeo realizado por um visitante que circula na Internet a mostrar um homem a partir vitrinas com uma marreta, enquanto soa um alarme.

A polícia confirmou o roubo de joias, mas não o valor avançado pelo canal holandês NRC, de 27 milhões de euros.

As imagens mostram um homem de ténis, fato e chapéu a bater contra a vitrina, e mais três, também bem vestidos, em seu redor, aparentando estar armados e a recolher as joias para um saco de plástico.

Os quatro fugiram a correr enquanto visitantes que se encontravam no local ficaram a olhar, surpreendidos com os acontecimentos, que não duraram mais do que meio minuto e não provocaram feridos.

Também se avista um homem idoso sentado num banco em frente ao expositor londrino que parece observar o roubo, a cerca de metro e meio de distância. A Symbolic & Chase não quis fazer declarações sobre o roubo.

Muitos dos visitantes abandonaram as instalações a correr, em pânico e a gritar “fujam! homens armados!”, e quando as autoridades chegaram a feira foi evacuada e encerrada a seguir, mas reabriu no mesmo dia.

As autoridades também confirmaram que foram roubadas joias, mas não precisaram as peças ou valores.

A organização da feira emitiu um comunicado no qual falou de “incidente”, segundo a NRC, mas não fez qualquer comentário, enquanto um porta-voz da feira não confirmou nem desmentiu que tenha sido roubado um colar no valor de 27 milhões de euros, como um dos presentes soube do expositor do roubo imediatamente após a ocorrência.

Em anos anteriores já aconteceram roubos na feira de Maastricht, incluindo de pinturas e joias, apesar de contar com um complexo sistema de segurança e plano de emergência que é coordenado com a câmara municipal e a polícia.

Nesta feira foi vendido esta semana um quadro da pintora portuguesa do século XVII Josefa D’Óbidos – “Menino Jesus Peregrino” -, a uma instituição pública norte-americana pelo galerista luso-francês Philippe Mendes.

Referência internacional no mercado de arte e antiguidades, o certame é visitado por curadores, diretores e conservadores de museus, peritos de leiloeiras, antiquários e colecionadores de todo o mundo.

Arte antiga, moderna e contemporânea, desde pintura, escultura, desenhos e iluminuras, fotografia, e ainda manuscritos, livros, joalharia e objetos de design de todo o mundo são anualmente apresentados na feira de arte e antiguidades de Maastricht.

O certame é reconhecido no meio por manter critérios muito rigorosos de seleção das peças, razão pela qual é visitada por colecionadores individuais ou entidade públicas e privadas, e representantes de museus de todo o mundo para adquirir obras para as suas coleções.

Também publica anualmente um relatório sobre o mercado de arte, com números e análises de especialistas do setor.

De regresso após dois anos de interregno por causa da pandemia, a Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht encerra hoje.

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