Região
Soure reabre piscina de Vila Nova de Anços quatro anos após o Leslie
A piscina municipal coberta de Vila Nova de Anços, no concelho de Soure, vai reabrir ao público em finais de setembro, quase quatro anos após ter sido danificada pela tempestade Leslie, disse hoje o presidente da Câmara.
Mário Jorge Nunes adiantou à agência Lusa que a empreitada está concluída e que “a obra está em condições de ser aceite” pela autarquia ainda esta semana, depois de esta ter realizado um investimento de 979 mil euros na sua recuperação e modernização.
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Os trabalhos tiveram uma comparticipação da União Europeia na ordem dos 215 mil euros, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
“O Leslie foi a 13 outubro de 2018 e a piscina nunca mais reabriu”, confirmou.
O presidente da Câmara de Soure, no distrito de Coimbra, indicou que cabe agora ao município assegurar “um conjunto de investimentos” em diversos “equipamentos e arranjos exteriores complementares”, que rondarão os 100 mil euros, para que a piscina possa reabrir no prazo previsto de três meses.
“Há aqui uma mudança de conceção”, afirmou, explicando que a população de Vila Nova de Anços “vai dispor de um equipamento completamente novo, mais virado para a saúde e o bem-estar do que para o recreio”, passando a funcionar “todos os dias do ano, menos domingos e feriados”.
Mário Jorge Nunes recordou que, desde a sua primeira eleição para a Câmara, em 2013, “o município vinha identificando necessidades” de intervenção na piscina, inaugurada em 1997, a qual “nunca tinha recebido qualquer investimento” desde essa altura.
“O seu funcionamento estava há muito desadequado da realidade”, por exemplo, com um sistema de aquecimento “apenas a gás propano e com consumos exagerados”, referiu.
Já havia um projeto antes de 2018 que, devido aos danos provocados pelo Leslie, “teve de ser revisto e reformulado”, quase duplicando os encargos financeiros, inicialmente estimados em cerca de 600 mil euros, segundo o presidente da autarquia.
“A empreitada incluiu a intervenção na envolvente interior e exterior da estrutura, sistema de iluminação, sistema de produção de energia térmica e sistemas de ventilação mecânica, sistema solar fotovoltaico e sistema solar térmico, passando o consumo anterior de gás propano a ser substituído na totalidade por outras formas de energia. Assim, no cenário final é esperado, apenas, um consumo dependente de fontes de energia não renovável de cerca de 20%”, salienta o município, numa nota enviada à Lusa.
Com as obras de requalificação, a piscina pública foi dotada “de novas valências, designadamente um espaço destinado a equipamentos de ginásio, que a autarquia pretende concessionar”.
A Câmara pretendia que “a obra tivesse ficado concluída há já mais de um ano, o que não foi possível por diversos motivos, entre os quais atrasos devido a questões da própria empreitada” e associados à pandemia da covid-19, o que originou “prejuízo na contratação de mão-de-obra, na aquisição de matérias-primas e no fornecimento dos serviços especializados”, ainda de acordo com a nota.
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