Educação
Universidade de Coimbra e Cruz Vermelha com campo de férias para refugiados
A Cruz Vermelha, em parceria com a Universidade de Coimbra e a Associação Académica, vai organizar no verão um campo de férias para crianças e jovens com estatuto de refugiado.
O projeto foi apresentado hoje, no âmbito do evento “UC Transforma e UC Social: Portugal e Brasil como Agentes de Voluntariado”, no Student Hub da Universidade de Coimbra (UC).
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O campo de férias destina-se a crianças e jovens com estatuto de refugiado, requerentes de asilo ou com proteção internacional, com idades entre os seis e os 16 anos, e que morem, preferencialmente no concelho de Coimbra.
O campo de férias vai ter três edições e arranca na última semana de julho e estende-se até ao final de agosto, explicou o assistente social da Cruz Vermelha Rodrigo Branco, que falava com a agência Lusa à margem da apresentação do projeto.
As inscrições, lançadas hoje, estarão a decorrer até 07 de julho.
O projeto dá continuidade a um campo de férias que a Cruz Vermelha organizou em 2021 para crianças e jovens refugiados, na altura apenas com uma edição de três semanas.
“A Cruz Vermelha vai organizar atividades mais lúdicas [como idas à praia, piscina ou arborismo], a Universidade de Coimbra atividades mais direcionadas para o conhecimento, como a visita ao Jardim Botânico ou ao Observatório Astronómico, e a Associação Académica de Coimbra [AAC] iniciativas relacionadas com as suas secções culturais”, aclarou aquele que é também o responsável de comunicação do campo de férias.
Cada edição deverá ter 15 jovens a participar, mas, caso haja muita procura, há a possibilidade de alargar o limite máximo “até aos 30 participantes por edição”, referiu.
“Daremos a conhecer Coimbra e vamos mostrar um pouco da sua magia e da sua academia”, afirmou o vice-presidente da AAC, Daniel Aragão, apelando aos estudantes para se associarem como monitores do campo de férias.
Também presente na sessão, a vice-reitora Cristina Albuquerque agradeceu à Cruz Vermelha “pelo desafio” e salientou o empenho da Universidade de Coimbra para “contribuir para um bom acolhimento destas crianças e jovens, que tantas tragédias vivenciaram”.
“Esta é uma dimensão muito relevante para nós, de atenção ao que está a acontecer no mundo, atenção ao outro, e concretização efetiva daquilo que muitas vezes são meras palavras, mas têm de ganhar efetivação e concretização. Não basta dizer que somos solidários e que acreditamos nesse tipo de valores. É preciso que criemos condições para que essa solidariedade se traduza em verdadeira cidadania”, vincou.
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