Desporto

Athlon Académica de Coimbra: Usura ou Travessura?

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 26-05-2022

A potencial investidora na Briosa, anunciada pela atual Direção da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF), quer receber 80% do valor das vendas dos jogadores até recuperar a totalidade do investimento e mais 50%. 

A Direção da AAC/OAF vai apresentar hoje aos sócios e jornalistas o projeto da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) que prevê um acordo com a americana Athlon Family Office, liderada por Anna Guerreiro ao qual o Notícias de Coimbra teve acesso. No que se refere aos lucros, o documento prevê que “até que o investidor seja reembolsado da totalidade do investimento, acrescido de metade, terá direito a 80% do valor líquido das vendas de jogadores (excluindo os jogadores das equipas de formação, tendo direito a 49%)”. Quando já tiver granjeado a quantia desejada, “todos os lucros serão divididos de acordo com o percentual do capital social”. 

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O acordo contempla que após a transformação da SDUQ em SAD, a Athlon tenha 49% do capital social da Sociedade e a AAC/OAF 51% do mesmo bolo. Os lucros, incluindo o resultado líquido da venda de direitos desportivos e ou económicos de atletas, “serão divididos de acordo com a proporção da contribuição de fundos para o desenvolvimento da atividade futura da SAD”.

Após a aprovação da SAD em Assembleia Geral, a Athlon fará entrar na conta bancária da Sociedade 500 mil euros, num prazo de 15 dias. Segundo o acordo, até 30 de junho de 2022 entrará mais um milhão e meio, até 31 de janeiro do próximo ano 1.450.000,00€ e o mesmo montante até 31 de outubro de 2023, perfazendo um total de 4,9 milhões de euros. Já a AAC/OAF “converterá o crédito que detém sobre a SDUQ em capital o que, somando ao capital social da Sociedade, corresponderá ao valor representativo de 51%”. 

A empresa americana “compromete-se a dotar a SAD de meios financeiros para concretizar um plano de investimentos que consagre o investimento na equipa de futebol profissional nos próximos cinco anos”, no mínimo, de um milhão e duzentos mil euros para a Terceira Liga, de três milhões para a Segunda Liga e cinco milhões e meio para a Primeira Liga. 

Está ainda prevista a criação de uma Fundação com a dotação de 25 mil euros ano e a SAD cederá ao clube o montante de 100 mil euros para investir em formação. 

No pré-acordo, está explícito que a AAC/OAF “responde por quaisquer danos ou perdas causados à investidora e/ou à Sociedade relacionados com a atividade desenvolvida pela Sociedade que resultem de atos ou eventos ocorridos ou originados até à data em que a Sociedade seja transformada em SAD e sejam eleitos os administradores indicados pela investidora, quer os mesmos pudessem ter sido previstos ou não”. 

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