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Três homicidas de homem com albinismo condenados a 155 anos de prisão

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 12-05-2022

Um tribunal do Maláui condenou três homens a penas de 155 anos, com trabalhos forçados, pelo assassinato de um homem com albinismo, em janeiro de 2021.

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O juiz Mzondi Mvula disse que os arguidos foram condenados a 68 anos e meio de prisão por homicídio, 48 anos e meio por remoção de tecido do cadáver e 38 anos e meio por tráfico de seres humanos.

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O julgamento foi iniciado após o assassinato, em 27 de janeiro de 2021, de um homem de 23 anos, identificado como Saidi Dyton, na cidade de Kadewere, noticiou o Nyasa Times.

A organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) denunciou, em fevereiro de 2021, um aumento da violência contra os albinos no Maláui, após ter registado novos casos de raptos e assassinatos, principalmente devido a crenças e superstições.

Muleya Mwananyanda, vice-diretora da AI para a África Austral, atribuiu estes ataques, em particular, à “cultura da impunidade” e salientou que as pessoas com albinismo “simplesmente não estão seguras no Maláui, seja nas suas casas ou nas ruas”.

“As autoridades devem fazer algo para levar os responsáveis à justiça pelos crimes cometidos”, disse, antes de sublinhar que são “caçados como se fossem animais”.

A ONG de defesa dos direitos humanos disse que os albinos são mortos para venderem as suas partes do corpo. “Os seus ossos são vendidos para medicina tradicional no Maláui e em Moçambique, onde muitos acreditam que traz saúde e boa sorte”, referiu.

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