Região
Cantanhede promove capacitação de cuidadores informais para combater falta de formação
A Câmara de Cantanhede está “preocupada” com falta de formação para cuidadores informais e vai, por isso, promover ações de capacitação, para melhorar a vida da população no concelho.
No âmbito do projeto ‘CuidIN’, que visa apoiar e cuidar do cuidador informal, foram efetuadas 328 entrevistas a cuidadores informais, tendo sido selecionados 181 cuidadores, do concelho de Cantanhede, de acordo com diversos critérios, como o nível de dependência da pessoa cuidada, dificuldades, necessidades, sobrecarga e avaliação de critérios distintivos.
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Com este questionário dirigido aos cuidadores informais foi possível perceber que “90% dos questionários que fizemos, as pessoas não receberam qualquer formação para ser cuidador”, disse à agência Lusa, a vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Cantanhede, Célia Simões.
“Estes 90% de cuidadores não têm qualquer formação para fazer o que estão a fazer, realmente é muito preocupante”, afirmou.
Neste momento, para fazer face a esta situação, a autarquia preparou ações de capacitação ao cuidador informal (em regime presencial, à distância ou formato misto), conteúdos da capacitação e programas psico-educativos e capacitação dos profissionais.
“O que vamos agora fazer nas ações de capacitação é ajudar estas pessoas a terem uma vida diferente seja com formação”, por exemplo, acrescentou.
A vereadora referiu, a título de exemplo, um cuidador que esteja a cuidar de um doente com Alzheimer, que nunca teve ensino relativamente àquilo que é a doença.
Com esta iniciativa vai ser ensinada sobre o que é a doença de Alzheimer, que comportamentos deve ter e como deve agir.
As pessoas que integram as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e quer querem assistir a esta formação também podem fazê-lo.
“A nossa ideia é que esta capacitação para o cuidar destes cuidadores faça a diferença tanto no cuidador, como nas estruturas envolventes”, através de uma articulação e complementaridade da Rede USF (unidades de saúde familiar), instituições particulares de solidariedade social (IPSS), freguesias, município, voluntários e ‘CuidIn’, explicou.
O Município de Cantanhede está “preocupado e quer melhorar a qualidade de vida tanto do cuidador como da pessoa cuidada, e quer envolver toda a rede social do concelho para fazer a diferença”, concluiu a vereadora.
A fase de capacitação para os 181 cuidadores começa este mês.
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