Opinião
O vício dos ajustes directos
Chamam-lhe “Centro de Convenções e Espaço Cultural do Convento de S. Francisco”. Não se sabe para o que vai servir, nem quanto vais custar, muito menos quando abrirá portas para termos a certeza que é um poço sem fundo.
Depois de muitos Euros enterrados e deitados, literalmente, água abaixo, a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) sentiu a necessidade de contratar a empresa Opium para, por 30 000 Euros e nos próximos 150 dias,”prestar serviços de atualização de estudo de viabilidade financeira e modelo de governação”.
Seja qual for o resultado do trabalho, seria bom que depois da obra parada, se pusessem trancas na porta, mas ao ritmo com que a CMC promove procedimentos por ajuste directo para o “elefante branco” que outrora chegou a ser conhecido “World Trade Center” do Mondego, sempre com o estafado argumento da “ausência de recursos próprios”, receamos que um dia alguém conclua que a esmagadora maioria que serve a autarquia tem um elevado sentido de cultura para o triste espectáculo.
Opinião de Fernando Moura
Related Images:
PUBLICIDADE