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Bombardeamentos na Ucrânia durante visita de António Guterres
A capital da Ucrânia, Kiev, foi alvo hoje de pelo menos dois bombardeamentos por parte das forças russas enquanto decorre a visita do secretário-geral das Nações Unidas, segundo autoridades locais e jornalistas da agência France-Presse (AFP).
Os correspondentes da AFP viram no local um edifício em chamas, janelas partidas, uma forte presença policial e socorristas.
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O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou no Telegram “dois ataques” a um dos distritos da capital.
Guterres chegou à Ucrânia na noite de quarta-feira após uma visita a Moscovo na terça-feira, onde se reuniu com o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem pediu que trabalhe com a ONU para permitir a retirada de civis de áreas bombardeadas, principalmente no leste e sul da Ucrânia, onde a Rússia está a concentrar a sua ofensiva.
Nesta sua primeira visita à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, António Guterres reuniu-se esta tarde com o Presidente ucraniano, Voodymyr Zelensky, visitou Borodianka, nos arredores da capital ucraniana, e também as localidades de Bucha e Irpin.
O secretário-geral da ONU disse que “uma guerra no século XXI é um absurdo” e sublinhou a importância de uma investigação sobre a eventuais crimes de guerra.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.
O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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