Educação
Nova presidente do Conselho dos Politécnicos considera fundamental grau de Doutor
A nova presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) considerou hoje fundamental que estas instituições possam atribuir o grau de Doutor, classificando a luta por esta medida como uma das prioridades o seu mandato.
Maria José Fernandes acrescentou que em breve será novamente submetida, na Assembleia da República, a iniciativa legislativa de cidadãos para que os Politécnicos possam atribuir o grau de Doutor e vejam, ainda, alterada a sua designação para Universidades Politécnicas.
Afirmar o ensino superior politécnico no panorama nacional e internacional é outro dos objetivos da nova presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, a primeira mulher a assumir este cargo.
Maria José Fernandes tomou hoje posse como presidente do CCISP, no auditório nobre do Instituto Politécnico de Setúbal, numa cerimónia que agraciou com a Medalha de Ouro de Mérito Manuel Heitor, ex-ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, “pelo trabalho de excelência desenvolvido em prol da afirmação do ensino superior português e da investigação, ao nível nacional e internacional”.
A nova presidente do CCISP, que sucede a Pedro Dominguinhos, defende que “a visão estratégica dos Politécnicos, enquanto agentes de transformação das sociedades e das regiões onde atuam, deve continuar a orientar-se para a concretização dos desafios societais, através do desenvolvimento de atividades de ensino, investigação e de interação com a sociedade que promovam a aquisição das futuras competências avançadas”.
Neste sentido, para o seu mandato, assumiu como objetivo continuar a afirmar o ensino superior politécnico no panorama nacional e internacional, em articulação permanente com todo o ecossistema: tecido empresarial, autarquias, instituições púbicas e privadas, famílias, entre outras.
No campo da investigação, desenvolvimento e inovação, o objetivo que traçou vai no sentido alinhar toda a estratégia com os European Innovation Hubs, promovendo o aumento do impacto societal da atividade realizada e provocando a transformação das regiões e o seu desenvolvimento sustentável.
Para o futuro, a nova presidente do CCISP reiterou que “há reformas fundamentais a serem concretizadas nos próximos anos, em que o CCISP pretende ter um papel preponderante, nomeadamente, a Revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e o Estatuto da Carreira de Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, diplomas que considera estruturantes para o sistema de ensino superior.
A cerimónia de posse contou ainda com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, e do secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira.
Pedro Nuno Teixeira considerou que este é um momento de celebração para todo o ensino superior uma vez que em 2022 já não é necessário justificar a importância do ensino politécnico para o país e o contributo para a coesão e por um país menos desigual.
Criado em 1979, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos é o órgão de representação conjunta dos instituições públicas de ensino superior politécnico.
Atualmente, integram o CCISP todos os institutos superiores politécnicos públicos, bem como, as escolas superiores não integradas e as universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Madeira.
A nova presidente do CCISP é licenciada em Gestão, Doutorada em Ciências Empresariais (área da Contabilidade) e tem o título de agregada em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (ISEG).
Desde 2017 que é presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e, desde 2018, assumia funções como vice-presidente do CCISP.
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