Depois de João José Cochofel e Eça de Queirós, em 2014, Almeida Garrett é o tema da próxima sessão “Sabores da Escrita”, projeto que será levado a cabo até maio de 2015, na Casa da Escrita.
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O evento permitirá percorrer as rotas dos sabores e saberes que os textos nos oferecem zelando pelas boas tradições literárias e gastronómicas, com o objetivo de promover o conhecimento da vida e obra de vários autores da literatura portuguesa e de outras figuras influentes na cultura e na história local (através da realização de conferências focalizadas nas diferentes personalidades escolhidas), em co-relação com a gastronomia tradicional portuguesa (através da realização de jantares temáticos).
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A terceira sessão do ciclo “Sabores da Escrita”, com entrada livre, decorre no dia 30 de janeiro, cabendo a Ofélia Paiva Monteiro (Professora Jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), dedicar a Garrett, a partir das 20:00, no Salão/Auditório da Casa da Escrita, uma conferência sob o tema.
A oradora apresentará a sua intervenção com base numa referência ao itinerário de Garrett, entre esperanças e desenganos, num Portugal em crise. A modernidade romântica da sua maturidade de homem e de escritor: ardência e mobilidade de sentimentos, religiosidade, intervenção cidadã em prol da afirmação individual, da justiça e da conciliação partidária; lucidez irónica; pendor para a sociabilidade espirituosa e elegante; defesa de liberdade e simplicidade na concepção poética; prática da escrita dúctil e coloquial; credo nacionalista (em literatura, nos costumes, na gastronomia).
À conferência seguir-se-á um jantar temático, às 20:30, na Sala de Jantar da Casa, intercalado com apontamentos cénicos, a cargo da Bonifrates – Cooperativa de Produções Teatrais e Realizações Culturais, CRL., sob o tema “Vamos amigos, vamos à mesa, com Garrett!”.
A iniciativa, que alia a escrita à gastronomia, no biénio 2014/2015, é promovida pela Câmara Municipal de Coimbra, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (mestrado em História da Alimentação: fontes, cultura e sociedade) e o Projeto DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia.
“Sabores da Escrita” percorrerá páginas de narrativas, ligadas a Coimbra, bem como os aspetos mais envolventes da nossa tradição culinária que espelham épocas e sensibilidades dos autores evidenciados. Entre eles, até maio do ano em curso, serão visados: Infante D. Pedro (por Maria Helena Cruz Coelho, FLUC, dia 27 de fevereiro), Gil Vicente (por José Augusto Bernardes, FLUC, dia 27 de março), Caio Sévio Lupo (por Carmen Soares, FLUC, dia 24 de abril), Padre António Vieira (José Pedro Paiva, Diretor da FLUC, dia 29 de maio) e Miguel Torga (autor que encerrará a iniciativa, que irá decorrer, excecionalmente, na Casa-Museu Miguel Torga, dia 26 de junho, no âmbito da evocação dos 20 Anos do desaparecimento do médico/escritor).
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