Crimes
Onze detidos por corrupção na distribuição de revistas e jornais
Onze pessoas foram detidas na quarta-feira pela prática do crime de corrupção no setor privado da distribuição de revistas e jornais nas zonas de Sintra e Lisboa, informou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Em comunicado, a GNR adianta que a investigação desenvolvida desde 2021, que culminou com a detenção de 10 homens e uma mulher, com idades entre os 25 e os 66 anos, teve origem numa denúncia de uma empresa de distribuição lesada no esquema.
No âmbito da operação “Dark Ardina”, o Núcleo de Investigação Criminal do Comando Territorial de Lisboa da GNR detetou que os suspeitos, “aproveitando-se das suas funções profissionais, criaram na região de Lisboa um esquema de venda ao público de publicações (jornais e revistas) ilicitamente e em paralelo ao canal regular de distribuição, desrespeitando as regras da concorrência, obtendo contrapartidas monetárias”.
“O esquema criado gerou uma diminuição de receitas no Estado e nas empresas lesadas, designadamente nos editores, na empresa de distribuição nos pontos de venda, comportando um prejuízo na ordem de várias centenas de milhares de euros anuais”, refere a GNR.
Na sequência da operação, a guarda deu cumprimento a 11 mandados de busca domiciliários, seis em estabelecimentos e 19 em veículos.
Entre os detidos estão funcionários da empresa de distribuição de publicações, motoristas e proprietários ou funcionários de pontos de venda.
No âmbito das buscas foram apreendidas publicações ilícitas de diversos órgãos de comunicação (imprensa escrita), 41.388,29 euros em numerário, 21 telemóveis, 13 viaturas, uma pistola modificada, duas espingardas caçadeiras, uma espingarda de ar comprimido, 51 cartuchos, uma caixa de chumbos calibre e 15 munições.
Foram igualmente apreendidos um bastão extensível, uma soqueira, cinco equipamentos informáticos e um equipamento CCTV (câmara de vigilância exterior).
Os detidos serão presentes hoje ao Tribunal Judicial de Sintra para aplicação das medidas de coação.
A operação “Dark Ardina” foi realizada pelo Comando Territorial de Lisboa, com apoio da Direção de Investigação Criminal da Unidade de Ação Fiscal, contando ainda com a colaboração da Polícia de Segurança Pública.
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