Educação
ISEC promove congresso para debater governação nas empresas
O primeiro Congresso Internacional ESG (Ambiente, Social e Governança) do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), a realizar nos dias 29 e 30 de março, vai abordar questões ambientais, sociais e de governação corporativa.
“O ISEC tomou a iniciativa de organizar este congresso, em parceria com os Auditores de Países de Língua Portuguesa, com a intenção de encontrar e propor soluções – de prevenção e requalificação – que permitam aos profissionais de engenharia gerir com eficácia os seus negócios, cumprindo os requisitos ESG”, refere o presidente Mário Velindro, em comunicado.
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Segundo o dirigente, o setor económico das empresas é “um dos mais afetados pelo reconhecimento – apontado por clientes e públicos de interesse – de várias formas de ineficiência corporativa, quer de índole social como ambiental”.
Os fatores ESG tornaram-se relevantes para a análise de riscos nas empresas e para a tomada de decisões por parte de investidores e credores, desde que “são responsáveis pelo impacto nas decisões de compra dos consumidores”, afirma, por seu lado, Edson Sá Teles, secretário de Controle Interno da Presidência da República do Brasil e um dos oradores no congresso.
“Os critérios ESG são o elo entre a estratégia de continuidade das organizações e a sua criação de valor. As empresas devem monitorizar os indicadores de risco de destruição daquilo que as partes interessadas desejam e ter a capacidade de adaptar as suas estratégias para aumentar valores – financeiros e reputacionais”, explica.
Edson Teles salienta que a sociedade vive atualmente numa era “na qual os consumidores declaram as suas preferências e ‘viram costas’ às marcas que não estejam alinhadas com os seus desejos e anseios”.
“Os responsáveis pelas fontes de recursos das organizações – os investidores e os credores – ainda estão a aprender a priorizar a aplicação dos seus recursos em empresas que construam essa relação de admiração de longo prazo com os seus consumidores”, sustenta.
Para Andre Marini, fundador da comunidade de Auditores de PLP (Países de Língua Portuguesa), o atual comportamento de mercado indica “que os investidores só apostarão em negócios que respeitem questões ambientais, sociais e de governação corporativa”.
“Num mundo globalizado e conectado, os consumidores cada vez mais apoiam ou boicotam as organizações com base no alinhamento dos seus propósitos com os valores dos seus públicos”, esclarece.
A iniciativa, acrescenta Andre Marini, servirá “como base da discussão sobre as possíveis vias para aproximar os interesses das organizações aos dos seus financiadores e clientes finais”.
Com um painel de especialistas de Portugal, Brasil e Angola, o congresso propõe-se a discutir a Agenda Internacional ESG, propósitos, sustentabilidade, estratégias organizacionais e a criação de valor para as organizações.
“Vamos discutir as melhores práticas e aprofundar conhecimentos, na vertente das exigências do atual mundo corporativo”, conclui Mário Velindro, presidente do ISEC.
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