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Aumento do agregado familiar é principal motivação para compra de nova casa

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 24-03-2022

O crescimento da família foi o principal motivo de quem mudou de casa nos últimos três anos, tendo 77,5% recorrido a financiamento bancário para a aquisição, segundo um estudo desenvolvido pela UCI, em parceria com a Universidade Católica.

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As conclusões do estudo ‘Casa PT’ apontam que “o aumento do agregado familiar é o fator mais importante na hora de procurar nova casa para 21,6% dos inquiridos que compraram casa há menos de três anos”.

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As outras razões mais apontadas são a preferência por outro bairro ou localidade (18,7%); mudança do estilo de vida (13,1%); fatores económicos (11,7%) e o casamento (10%).

Uma vez tomada a decisão de mudar de casa, 42% dos inquiridos encontraram uma nova casa em menos de seis meses e apenas 23,9% demoraram mais de um ano, sendo que quase metade (47%) recorreu a agências imobiliárias, seguindo-se as pesquisas na Internet (42,4%) como fonte de apoio na procura.

Cerca de metade dos inquiridos (50,1%) escolheram a nova casa devido à localização, seguindo-se o preço (42,2%) e a área (40,7%) e, para 12,8%, a eficiência energética.

No que se refere ao financiamento, o estudo da UCI Portugal, realizado em parceria com o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, conclui que 77,5% dos inquiridos que compraram casa nos últimos três anos recorreram a financiamento bancário, sendo que 85,2% consultaram o seu banco habitual e, na altura de pagar a entrada, 69,2% usaram as poupanças de que dispunham.

Do total de inquiridos no ‘Casa PT’, 63,4% demorou menos de dois meses a completar o processo de financiamento, 52,9% contratou outros produtos bancários para melhorar as condições de crédito habitação e 42,6% apontou o ‘spread’ como um dos indicadores decisivos na escolha da proposta de crédito habitação.

“Indicadores como a TAEG [Taxa Anual Efetiva Geral] e o MTIC [Montante Total Imputado ao Consumidor], que permitem ter uma noção mais global dos custos do crédito habitação, foram apenas mencionados por 19,3% e 11,6% dos inquiridos”, nota o estudo.

Do trabalho resulta ainda que 87,8% dos inquiridos não sabem qual a classificação energética da casa que compraram, embora 35,2% estivesse disposto a realizar obras para melhoria da eficiência energética, sobretudo com vista à redução das despesas mensais de energia.

Entre os inquiridos, 31,8% considera que a sua casa irá precisar de obras nos próximos três anos e 19,9% pondera voltar a comprar habitação nos próximos cinco anos. Desses, 59,9% planeia mudar-se para uma casa maior e 57,9% não quer morar fora dos grandes centros urbanos.

O inquérito que esteve na base do ‘Casa PT’ foi realizado entre os dias 02 de agosto e 12 de agosto de 2021, via telefone, tendo sido obtidos 2.964 inquéritos válidos, sendo 54,71% dos inquiridos mulheres e tendo 37,14% dos respondentes o ensino superior. Estão representados 260 concelhos portugueses.

A taxa de resposta foi de 33,29% e a margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória de 2.964 inquiridos é de 1,84%, com um nível de confiança de 95%.

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