Política
PCP apela à mobilização das populações contra o aumento do custo de vida
O PCP apelou hoje à mobilização dos trabalhadores e das populações para que façam ouvir o seu protesto contra o aumento do custo de vida, e instou o Governo a “agir e travar a gula dos monopólios”.
“O PCP apela aos trabalhadores e às populações que se mobilizem, que façam ouvir a sua indignação e protesto contra o aumento do custo de vida e travem com a sua ação o processo em curso para subir preços, aumentar juros, promover especulação e atacar direitos”, disse o dirigente comunista Paulo Raimundo, numa declaração divulgada pelo partido.
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Paulo Raimundo sustentou que o país “está confrontado há meses com uma escalada nos preços dos combustíveis e de outros produtos”, situação que considerou ter sido agravada pela guerra na Ucrânia e as sanções impostas à Rússia.
O PCP “denuncia as ações especulativas que estão em curso”, como, por exemplo, os “injustificáveis aumentos dos combustíveis”, da eletricidade e produtos alimentares.
Em relação aos combustíveis, prosseguiu Paulo Raimundo, “não há nenhuma justificação a não ser um golpe, um aproveitamento da situação, uma manobra especulativa”.
“A vida está aceleradamente mais cara. Esta é a realidade com que todos se confrontam quando a cada dia vão às compras para levar comida para casa, quando pagam as contas da luz, água, gás, renda e prestações, telecomunicações, combustíveis”, completou, acrescentando que “a cada dia que passa o salário e a pensão ficam mais curtos para despesas cada vez maiores”.
O membro da Comissão Política do Comité Central comunista responsabilizou o Governo, que “não pode fechar os olhos a esta realidade”, que para o partido “exige determinação e não medidas que, sendo importantes, são manifestamente insuficientes e de curto alcance”.
“Há que agir e travar a gula dos monopólios”, sustentou Paulo Raimundo, referindo que o PCP “está, como sempre esteve, disponível para propor e encontrar soluções”.
Sobre o aumento dos combustíveis nas últimas semanas, o PCP advoga que um alívio para os portugueses passa pela eliminação do adicional ao imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), pelo fim da dupla tributação do IVA sobre o mesmo imposto, e também pela fixação de preços máximos.
A fixação de preços máximos é uma medida que o partido também considera que devia ser aplicada no gás e “a todos os bens essenciais, em particular dos alimentares”.
“É urgente a redução do IVA de 13% para 6% no gás e de 23% para os 6% na eletricidade”, complementou.
Em Portugal, o preço por litro do gasóleo subiu esta semana 13,6 cêntimos e o da gasolina 9,3 cêntimos, segundo cálculos feitos pela Lusa com base nos números fornecidos pelo Governo para a redução do ISP.
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