Coimbra

Desacatos na Feira dos 7 em Bencanta (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 07-03-2022

A Feira dos 7 que se realizou esta segunda-feira em Bencanta, Coimbra, voltou a ficar marcada por desacatos e até agressões entre feirantes. Desde que o certame foi requalificado, no início do mês de fevereiro, tem sido assim. Tudo por causa da reorganização dos lugares de venda. A Junta de Freguesia de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, responsável pela gestão do recinto, diz que nem todos têm razão e está a tomar medidas. 

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Insultos, ameaças e até empurrões ocorreram na manhã desta segunda-feira durante a realização da Feira dos 7. A reportagem do Notícias de Coimbra presenciou uma das altercações em que a PSP foi chamada. Um feirante dirigiu-se a outro, bastante exaltado, alegando que estava a ocupar um espaço que estava guardado para a sua filha e chegou mesmo a empunhar um martelo. Os ânimos aqueceram e as coisas só serenaram quando dois agentes da Polícia chegaram ao local para registar o sucedido.

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O NDC falou com alguns dos vendedores que informaram que, apesar de grande parte dos lugares já estar marcada, “voltou a haver confusão”. Uma percentagem dos feirantes não está satisfeita com a reorganização do espaço feita pela Junta de Freguesia. “Algumas reclamações não têm fundamento”, assegura Jorge Veloso, presidente da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, argumentando que “há feirantes que entendem que os espaços que querem ocupar são seus e não é assim, a ocupação do espaço tem de ser ordenada”.

A Feira de Bencanta conta com 300 feirantes, cada um paga por uma área de sete metros por cinco, cinco euros e de 14 por cinco o dobro. No caso dos bares os preços sobem para 15 euros por cada espaço de sete por cinco metros. “Há pessoas que dizem que ocupam 10 metros, mas não pode ser e depois dizem-me: mas eu sempre tive 10”, detalha o autarca, afirmando que uma das dificuldades que tem enfrentado neste processo de requalificação “é a pouca noção do espaço que cada um  deve ocupar”. 

“Estamos a tentar colocar no mesmo local a charcutaria, restauração, hotelaria, farturas e até algumas frutas para organizar o espaço”, refere Jorge Veloso. “Queremos intervir junto dos vendedores que se ocupam da venda de roupas, que são bastantes”, mas tudo tem de ser “ordenado com calma para não criar muita confusão”.

O presidente da junta afirma que “a requalificação não está totalmente finalizada”, estando em falta a criação de três arruamentos. “Depois queremos marcar, numerar, dar um cartão a cada um”, adianta, explicando que em breve só poderão entrar no recinto comerciantes “com as feiras em dias”. É feito um registo no cartão eletrónico e a vaia de entrada só levanta se tudo estiver em ordem.

“Estamos, feira a feira, a tentar mudar”, disse ao NDC Jorge Veloso garantindo que a intenção é dar “qualidade a quem vem comprar mas também aos vendedores”.

“Os arruamentos estão asfaltados, a zona dos bares estava a funcionar num local muito degradado que era terra, as pessoas almoçavam com os pés na água, e agora tem ótimas condições. É claro que não fica sempre tudo bem, nem para eles nem para nós”, conclui, revelando que conta “resolver a maioria das situações” de insatisfação até ao final do mês de março. 

Veja o direto NDC com Jorge Veloso:

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