Região

Ecocentro de Cantanhede ampliado pode separar 696 toneladas de resíduos por ano

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 23-02-2022

A Câmara Municipal de Cantanhede procedeu à obra de requalificação e ampliação do antigo centro de recolha de resíduos sólidos urbanos, estando agora preparado para receber e separar por tipologia 696,89 toneladas por ano.

“Com as obras realizadas, a sua capacidade [Ecocentro Municipal de Cantanhede] de recebimento e de armazenamento duplicou relativamente à que existia antes das obras, estando agora dimensionada e equipada para receber e separar por tipologia 696,89 toneladas por ano”, disse hoje, na inauguração do Ecocentro de Cantanhede, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio.

O Ecocentro Municipal de Cantanhede foi alvo de requalificação e modernização a que foi sujeita a antiga infraestrutura da Empresa Municipal de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede (Inova).

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A obra envolveu um investimento de cerca de 622 mil euros, cofinanciada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), no âmbito de uma candidatura a “Projetos Inovadores de Recolha Seletiva”.

A este investimento acresce a aquisição de uma viatura pesada com grua, no valor de 180 mil euros e ainda um ecocentro móvel no valor de 20 mil euros que vai percorrer as freguesias do concelho, para recolher resíduos, como por exemplo, tinteiros.

O Ecocentro Municipal está instalado na zona Industrial de Cantanhede e recebe atualmente “cerca de 50% do total de resíduos para reciclagem no concelho, sendo os restantes recolhidos pelo sistema multimunicipal, em ecopontos coletivos ou através de recolha porta a porta no pequeno comércio”, notou a autarca.

Esta empreitada tem como objetivo a criação de um novo sistema de recolha seletiva com cobertura integral do território municipal, para determinadas frações contidas nos resíduos urbanos, nomeadamente materiais perigosos, como têxteis, madeiras, CD, DVD, consumíveis informáticos, tintas, vernizes e termómetros de mercúrio, entre outros.

Esta é uma forma de proporcionar aos “cidadãos e empresas um centro de proximidade para deposição de resíduos que, pelas suas características, não podem ser colocados nos tradicionais ecopontos ou não é viável a sua recolha porta a porta”, sublinhou.

O ecocentro vai permitir ainda a troca de objetos, funcionando também como um polo de reutilização e reparação de materiais.

Vão ser ainda dinamizadas ações de educação e sensibilização ambiental, onde se promovam cursos, ‘workshops’ e oficinas, com o intuito de envolver a comunidade local para a prevenção e redução da produção de resíduos, reutilização de materiais e preparação para a reutilização e reciclagem.

Helena Teodósio referiu ainda que está em estudo a implementação de um mecanismo de incentivo aos utilizadores do ecocentro e do ecocentro móvel, através de uma plataforma digital, para o registo de pontos que se convertem em descontos e prémios, a quem entregar resíduos sujeitos a valorização.

Esta iniciativa tem o propósito de “envolver a comunidade nos princípios da economia circular através de um procedimento interativo e divertido”, concluiu.

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