Região
Aeroporto na Região Centro vai ser tema de nova cimeira entre Leiria e Coimbra
A primeira cimeira entre as comunidades intermunicipais das regiões de Leiria (CIMRL) e Coimbra (CIM RC) não teve na agenda a questão de um aeroporto na Região Centro, que vai ser abordado em novo encontro, em fevereiro, foi hoje anunciado.
“Intencionalmente essa questão não foi abordada”, afirmou aos jornalistas o presidente da CIM RC, Emílio Torrão, na conferência de imprensa após a cimeira entre as duas CIM, que hoje se realizou em Ansião.
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Emílio Torrão adiantou que ficou acordado que um aeroporto na Região Centro, embora fosse um “tema óbvio” de discussão, é “suficientemente importante, suficientemente complexo, para merecer uma cimeira só quase exclusivamente dedicada” ao assunto.
Segundo o também presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, a questão será objeto de debate numa próxima cimeira, frisando que a de hoje abordou os temas “mais relevantes neste momento, no contexto político atual”.
“Estes são os temas que mais nos preocupam e que têm o sentido de oportunidade certo para serem discutidos nesta cimeira”, declarou, numa alusão às áreas de atuação hoje discutidas, que incluíram, entre outras, a saúde, o conhecimento ou os transportes e mobilidade.
Já o presidente da CIMRL, Gonçalo Lopes, que defende a abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5 em Monte Real, concelho de Leiria, adiantou que na próxima cimeira, além de ser abordado o futuro “aeroporto internacional na Região Centro”, vão estar em cima da mesa a descentralização de competências, matéria que “tem deixado bastante preocupados os autarcas da região”.
“Vamos fazer um balanço dessa descentralização e vamos também falar sobre a rede de acessibilidades e economia circular”, acrescentou, referindo que a reunião decorrerá num dos 19 concelhos da CIM RC, em fevereiro.
Questionado sobre a eventualidade de cimeiras com outras comunidades intermunicipais vizinhas, o autarca de Leiria explicou ter ficado definido que o nível de envolvimento das duas CIM “será numa lógica de cooperação estratégica, partilha de conhecimento e de projetos em comum”.
Também Emílio Torrão assegurou a abertura no diálogo com outras CIM.
“Já abordámos outros presidentes de CIM. É evidente que, tematicamente, serão selecionadas as comunidades em função da comunhão de interesses e da similitude de reivindicações”, precisou.
Segundo este responsável da CIM RC, o país só tem “a ganhar com a afirmação desta região [Centro]”, reafirmando disponibilidade para “alargar a discussão para outras CIM”.
Sobre o facto de haver nas CIMRL e CIM RC duas candidatas a Capital Europeia da Cultura 2027 – Coimbra e Leiria -, Gonçalo Lopes referiu tratar-se de duas candidatas fortes no país para “poderem passar à ‘short list’ [lista pequena] que irá ser decidida dentro de muito, muito pouco tempo”.
“O desejo que hoje foi manifestado pelas duas CIM é que passem as duas cidades, quer Coimbra, quer Leiria (…) e se, por acaso, só passar uma, estamos disponíveis para cooperar, porque é esse o nosso objetivo”, declarou.
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