Coimbra
Câmara de Coimbra quer mais câmaras de videovigilância na Baixa (com vídeo)
Para combater o “sentimento de insegurança” na Baixa de Coimbra, o presidente da Câmara Municipal quer mais câmaras de videovigilância e melhor iluminação. Várias instituições que prestam apoio social na zona também vão ser deslocalizadas e dispersadas para que mude o perfil de quem frequenta esta área da cidade.
Em declarações ao Notícias de Coimbra, José Manuel Silva revelou que, na próxima semana, vai reunir-se com o comandante da PSP, Rui Coelho Moura. “Estivemos a analisar a colocação das câmaras de videovigilância e estamos disponíveis para aumentar o número de câmaras”, disse, sustentando que a cobertura atual não é suficiente.
O sistema atualmente em funcionamento, e que foi instalado no verão do ano passado, “não cobre o coração da Baixa”, sublinhou o autarca. “Quem vive no mundo da marginalidade já identificou os locais das câmaras e sabe como se movimentar”, referiu alegando que as 17 câmaras instaladas “não são suficientes e a sua distribuição é discutível”.
O sistema funciona 24 horas por dia e as imagens são monitorizadas em tempo real numa sala específica para o efeito, com acesso restrito, no Comando da PSP de Coimbra, na Avenida Elísio de Moura. O problema, diz José Manuel Silva, é que a cobertura atual não chega para ter o efeito dissuasor desejado.
O presidente da Câmara disse ainda ao NDC que quer “acentuar a iluminação na Baixa e transformar a noite em dia para que haja uma maior visibilidade noturna, uma maior sensação de segurança e pior ambiente para o cometimento de pequenos crimes”. O município já contactou a E-Redes para reforço da iluminação.
Além destas medidas, o edil quer “desconcentrar o número de instituições que prestam apoio social mas que criaram um problema social na Baixa”. Nesse sentido, a autarquia, que também alojava até à data pessoas em situação de sem-abrigo em edifícios nesta zona da cidade, decidiu que vai passar a “deslocalizá-las para outras zonas, prestando-lhe melhores condições”. José Manuel Silva não avançou para onde vão ser mudadas estas residências, esclarecendo que estão a ser “analisadas as possibilidades”.
“Se deslocalizarmos uma dessas instituições e fizermos uma residência de estudantes e uma sala de estudos que funciona 24 horas no seu lugar, mudamos completamente o perfil das pessoas que frequentam a Baixa”, argumenta. “A estratégia está definida, precisamos de tempo para a concretizar”, referiu, garantindo: “vamos resolver, não vamos ignorar o problema nem adiar as soluções”.
Além da reunião com a PSP, o presidente da autarquia tem também agendada para a próxima semana um encontro com comerciantes da Baixa e está previsto um fórum social com todas as instituições que prestam apoio nesta zona de Coimbra.
Nas últimas semanas a Baixa tem sido alvo de uma onda de assaltos, conforme o NDC já noticiou.
Veja o direto NDC com José Manuel Silva:
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