Política
Governo consulta partidos sobre “melhores soluções” para todos poderem votar
O Governo está a consultar os partidos políticos para se encontrarem “as melhores soluções” para que, apesar da evolução da pandemia de covid-19, o “maior número de pessoas possa votar” nas próximas legislativas, revelou hoje o primeiro-ministro.
“A ministra [da Administração Interna] está a contactar os diferentes partidos de forma a encontrarmos as melhores formas e soluções para garantir que o maior número de pessoas possa votar”, afirmou António Costa.
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Questionado pelos jornalistas à margem de um encontro com apoiantes do PS em Elvas, distrito de Portalegre, o também secretário-geral socialista disse que a votação de pessoas em isolamento, devido à covid-19, “é um assunto que o Ministério da Administração Interna está a tratar”.
António Costa realçou que as soluções a adotar para estes casos terão que ter em conta as normas, notando que “a lei limita os horários e várias das possibilidades que têm sido aventadas”, sem precisar quais.
“Não podendo haver alteração da lei, temos que, dentro do quadro da lei, encontrar as melhores soluções para garantir o fundamental, que é o maior número de pessoas possa votar”, insistiu.
Por outro lado, o chefe do Governo frisou que o atual número de casos de covid-19 demonstra que “o risco que era previsto no início da semana passada tem vindo a minorar”, esperando que “a reabertura com cautela na segunda-feira, não prejudique esta evolução”.
Costa lembrou ainda a nova norma publicada recentemente pela Direção-Geral da Saúde (DGS) que determina que as pessoas com dose de reforço da vacina ficam isentas de isolamento e que “só há isolamento no caso de um contacto de risco com um coabitante”.
“Isto diminui muito significativamente o número de pessoas que estarão isoladas sem ameaçar a segurança de quem vai votar”, acrescentou.
A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já foi registada desde novembro em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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