Coimbra

Coimbra quer criar uma companhia de dança e uma bienal de artes performativas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 01-12-2021

A candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027 propõe instalar na cidade, até 2023, uma companhia de dança profissional e criar uma bienal de artes performativas.

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A proposta está presente no livro de candidatura (‘bid book’), apresentado hoje no Convento São Francisco, depois de ter sido submetido para análise do júri internacional.

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Sob o lema “Correntes de Mudança”, a candidatura divide-se em cinco eixos: “A Invenção de um rio” (a centralidade do rio no desenho da cidade); “O cheiro do café” (o espírito do encontro, das ideias e da dialética); “Partículas elementares” (os vários patrimónios materiais e imateriais), “Intermitências da Luz” (artes, inovação e criatividade); “Corpos em movimento” (projeção de Coimbra na Europa e no mundo).

Segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso, no campo das “Intermitências da Luz”, o grupo de trabalho coordenado pelo mágico Luís de Matos aponta como uma das ações fixar em Coimbra, a partir de 2023, uma companhia profissional de dança.

Defendendo que Coimbra pode afirmar-se no território das artes performativas, o grupo perspetiva também um programa regular de divulgação da dança contemporânea com recurso ao cinema e ao vídeo, e a criação de uma bienal de artes performativas.

Com o objetivo de atrair e fixar “energia criativa”, pretende articular com o Instituto Pedro Nunes a organização de uma incubadora de atividades criativas.

No campo da literatura, a candidatura prevê celebrar o centenário da revista Presença, em 2027.

Já na música, prevê-se a criação da Casa da Canção, a recuperação de órgãos históricos da região, dotar cada um dos auditórios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (associada à candidatura) de meios para uma programação regular de concertos e o estabelecimento, junto com a Universidade de Coimbra, de uma linha de investigação sobre a Canção de Coimbra.

A produção de uma “ópera-rock” multilingue a partir de Inês de Castro com uma equipa “multidisciplinar sobre violência contra as mulheres”, um festival internacional de música antiga, ou outro que tenha como ponto de partida a guitarra portuguesa e a ponha a dialogar com instrumentos e géneros de outras cidades e regiões europeias são outras das propostas do grupo.

A candidatura também propõe “novos modelos de espetáculo”, como em ‘drive-in’, em formato híbrido, ou numa “experiência imersiva virtual”, apontando para os exemplos da própria produtora do coordenador do grupo de trabalho, Luís de Matos Produções.

Já no eixo “Corpos em Movimento”, a candidatura destaca que mais de 10% da população em Coimbra é estrangeira e considera ser importante dar visibilidade às populações migrantes e promover um verdadeiro diálogo intercultural e inter-religioso.

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