O Supremo Tribunal de Justiça decidiu que um empresário de Gaia terá de cumprir 24 anos de prisão por matar um homem e atear fogo ao corpo, numa altura em que o arguido está a ser julgado por crime similar.
O Supremo, informou hoje a Procuradoria regional, manteve também a pena de 10 anos e quatro meses de prisão ao filho do empresário, coarguido no processo, confirmando assim decisões da primeira instância judicial e da Relação do Porto.
Os factos ocorreram ao início da noite de 17 de agosto de 2019 em Serzedo, Vila Nova de Gaia. A vítima foi um homem de 35 anos e o crime terá sido consumado por ciúmes, segundo as autoridades.
Em causa está a prática dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e ainda, no caso concreto do empresário, de detenção de arma proibida.
O empresário e o filho foram condenados em 09 de março por um tribunal de júri de Vila Nova de Gaia, que deu como provado que o empresário, conluiado com o filho, atraiu a vítima a uma área isolada, agredindo-o mortalmente e queimando o corpo.
Depois, atearam fogo ao corpo e abandonaram o local.
O empresário em causa é o mesmo que está a ser julgado pela alegada prática de um crime similar, vitimando um vigilante. Este homem foi agredido com um objeto cortante na sua residência, em Arcozelo, no mesmo concelho, que acabou incendiada, no dia 02 de junho de 2019.
O novo processo contra o empresário deverá ser decido no dia 24, prevê o tribunal de Gaia.