Autárquicas
Rui Rio quer uma Coimbra “forte” para fazer contraponto a país centralizado
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que o país precisa que cidades como Coimbra sejam fortes para que possam ser “um contraponto à centralização” na capital, Lisboa.
“Nós temos de ajudar Coimbra a voltar a ser aquilo que foi, porque é importante para Coimbra, mas é importante para o país. O país precisa de cidades fortes – e Coimbra é uma delas -, que sejam um contraponto à centralização que temos na capital do país”, afirmou Rui Rio, que falava aos jornalistas após ter participado numa arruada da coligação “Juntos Somos Coimbra”, que agrega PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Volt, RIR e Aliança, que é encabeçada pelo ex-bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva.
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Para o líder social-democrata, Coimbra “tem uma importância histórica brutal”, sendo necessário o concelho retomar essa importância para se conseguir um “país mais equilibrado”.
“Coimbra perdeu muita força”, notou.
Escusando-se a comentar outros temas, o presidente do PSD voltou a falar da proposta que o partido apresentou na Assembleia da República e que deverá ser discutida na próxima semana de transferir o Tribunal Constitucional e o Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa para Coimbra.
A proposta “é relevante para Coimbra, mas também é relevante para o país todo”, frisou.
“Estamos sempre a falar de um país muito concentrado, muito centralizado, em que está tudo na sua capital e um pouco na Área Metropolitana do Porto. Queremos fazer o contrário e a passagem do Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo para aqui é um ato mais do que simbólico e pode ser o primeiro passo para termos um país mais desconcentrado, mais descentralizado, territorialmente mais justo”, vincou.
Rui Rio voltou também a desafiar os partidos, querendo agora “ver a sua coerência” na altura de votar o projeto de lei na Assembleia da República.
“Eu não me perdoava a mim mesmo se tivesse sido presidente de um partido – ainda por cima do maior partido de oposição – e não tivesse coragem de fazer aquilo que ninguém teve a coragem de fazer. Eu não me perdoava a mim próprio”, frisou.
Num percurso entre o Largo da Portagem e a Praça 8 de Maio, que normalmente se faz em cinco minutos, Rui Rio demorou quase hora e meia a completar, participando na arruada da coligação “Juntos Somos Coimbra”, sempre ao lado do seu candidato, José Manuel Silva.
Pelo caminho, ajudou a distribuir panfletos e foi trocando algumas palavras com munícipes.
Numa loja de lãs para tricô, ouviu uma funcionária a queixar-se do estado do município, afirmando que lhe dói “muito o coração” ver como a cidade está.
“Façam alguma coisa pela nossa cidade. Tanta vez que ele [o atual presidente da Câmara, Manuel Machado] cá veio e lhe pedi, mas aquilo entra a 50 e sai a 500. Não fazem nada pela nossa cidade, mas gostava de ver a minha baixa como era há 20 anos”, desabafou.
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