Política
Pedro Machado promete plano de dois milhões ao comércio e hotelaria da Figueira da Foz (com vídeos)
O candidato do PSD à Câmara da Figueira da Foz prometeu hoje um Plano de Recuperação para o Comércio Local e para a Hotelaria, no valor de dois milhões de euros, a lançar ainda no decorrer de 2021.
“Sentimos todos as perdas que parte significativa do nosso comércio de proximidade, do nosso turismo de proximidade e, em particular do nosso turismo, tiveram no último ano e meio”, disse Pedro Machado, na apresentação do seu programa eleitoral.
O manifesto, coordenado pelo antigo ministro do PSD Poiares Maduro, contempla 139 medidas, tantas como o número de anos da elevação a cidade, divididas por 10 eixos estratégicos.
Pedro Machado voltou a defender a deslocalização do Porto Comercial para a margem sul do Rio Mondego, “diminuindo a pegada ecológica na Ponte Edgar Cardoso e aproximando-o das grandes empresas a sul do concelho”.
Caso seja eleito, garantiu que, nos primeiros 100 dias de mandatos, será lançado um concurso de ideias para preparar a cidade e a praia para o ‘bypass’ e para o aproveitamento do molhe norte, “para que as novas infraestruturas e a reorganização do espaço daí decorrentes venham a ser plenamente usufruídas pela população”.
“Pretendemos criar um Plano Estratégico de Desenvolvimento e de Recuperação da Praia da Claridade, a partir da construção do ‘bypass’, e do seu aproveitamento enquanto estrutura para espaços comerciais, como esplanadas e cafés, e para usufruto da praia”, completou.
O cabeça-de-lista do PSD pretende recuperar a frente ribeirinha norte, transformando-a numa área verde e de usufruto social e de lazer, e construir a frente ribeirinha sul para servir de “Aldeia Olímpica de Desportos de Mar, aproveitando o surf e as águas abertas”.
Preocupado com o problema da erosão costeira na costa sul da Figueira da Foz, Pedro Machado disse que esta situação “não se pode arrastar mais no tempo na sua solução e a Câmara tem a obrigação junto do poder central de reivindicar tudo o que estiver ao seu alcance para que a sua resolução seja feita no imediato para acautelar já este outono e inverno”.
Na vertente cultural, o candidato social-democrata propõe-se a criar o Museu do Cinema, “como âncora identitária desta valência do concelho, tendo como ponto de partida o espólio de 7.000 filmes doados, assim como uma Biblioteca de Cinema”.
Como complemento, o programa do PSD inclui também a criação da Academia de Cinema da Figueira da Foz, para servir de infraestrutura de apoio “a toda a indústria (realização, caracterização, fotografia, escola de atores, onde seja possível albergar equipas nacionais e internacionais, e apostar em formação”.
Outra das propostas anunciada por Pedro Machado passa por negociar, de imediato, com a empresa Águas da Figueira, a diminuição do preço da tarifa da água e “consequentemente das restantes taxas, bem como baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)”.
“O atual tarifário é dos mais caros do país e tem de baixar”, frisou.
A candidatura do PSD aposta também na criação da figura do Provedor do Licenciamento, “que pode acelerar e mediar o processo entre a autarquia e o cidadão ou empresa, e de um projeto-piloto com recurso à inteligência artificial nos processos de licenciamento, “acelerando e simplificando os processos de forma exponencial”.
“Queremos também criar o Licenciamento Via Verde para projetos de investimento, garantido a sua prioridade, com tempo de aprovação de 30 dias”, sublinhou Pedro Machado.
A criação de um serviço de um sistema de mobilidade urbana foi também apresentada como “uma proposta bandeira”, com o candidato a considerar “praticamente inconcebível que, em pleno século XXI, a cidade não tenha um serviço público de transportes urbanos”.
Para as eleições autárquicas de 26 de setembro, o atual presidente Carlos Monteiro – que, em 2019, substituiu no cargo João Ataíde, que foi para o Governo, vindo a falecer a 2020, já quando era deputado – candidata-se pelo PS, enquanto o PSD aposta em Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.
Pedro Santana Lopes, que presidiu à autarquia da Figueira da Foz entre 1998 e 2001, então eleito pelo PSD, é de novo candidato, desta vez pelo movimento independente Figueira A Primeira.
O CDS-PP candidata Miguel Mattos Chaves (uma repetição da candidatura de 2017), a CDU aposta no oficial de justiça Bernardo Reis, uma estreia em candidaturas à Câmara Municipal, e Rui Curado Silva (BE), tenta, pela terceira vez, ser eleito.
Já o Chega apresenta João Paulo Domingues. O tribunal da Figueira da Foz rejeitou a candidatura, mas o partido recorreu para o Constitucional, desconhecendo-se ainda a decisão.
O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD.
Veja os vídeos dos diretos NDC:
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