Partidos
Pedro Coimbra faz balanço do processo eleitoral em curso no PS
Pedro Coimbra, recandidato à presidência da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista envia comunicação aos jornalistas, que reproduzimos na integra:
Prezados Senhores Jornalistas,
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Algumas alusões ao processo eleitoral que decorre na Federação de Coimbra do PS levam-me, na qualidade de Presidente desta Federação mas também na de recandidato, a fazer algumas reflexões, que entendo agora poder partilhar. Antes de mais, gostaria de esclarecer que o faço neste momento por estar a chegar ao fim o período de campanha e considerar que nesta fase as questões levantadas já não prejudicam o debate de ideias nem a livre escolha dos militantes socialistas.
Entendo que devo manifestar a minha confiança nos cadernos eleitorais, que contêm a relação de militantes com capacidade eletiva e que foram fechados atempadamente. A eventualidade de qualquer erro pontual nos cadernos eleitorais – que esperemos que não exista mas que pode acontecer – terá com certeza menos dimensão e menos significado do que os cadernos da República, com que elegemos Deputados, Autarcas e Presidentes da República. Mas, reitero, todos esperamos que não ocorram quaisquer erros, ainda que sejam pontuais e sem relevância numérica.
Para esclarecer melhor este tema veja-se que, com os novos Estatutos do PS, as quotas têm de ser pagas até 30 dias antes do acto eleitoral. Só pode votar quem tem as quotas em dia e pelo menos um ano de militância. Em cada uma das mesas de voto, estarão Presidente da Mesa, Secretários da Mesa e Delegados de ambas as candidaturas. Ao eleitor pode e deve ser solicitada a sua identificação, caso a sua identidade não seja reconhecido pela Mesa, e este tem de se fazer acompanhar de um documento identificativo com fotografia e com o cartão de militante – o que não acontecia antes! Haverá, certamente, muito mais a fazer, pois a Democracia está permanentemente em construção e precisa de todos para a tornar melhor.
Ignorar o esforço de tornar o acto eleitoral mais justo e transparente e vir para a praça pública denegrir o Partido Socialista apenas porque a campanha não lhe corre de feição, só pode ser visto como um acto de irresponsabilidade e desespero, muito próprio dos fracos. Há que aguardar, serenamente, pelo veredicto eleitoral e aceitar, democraticamente, a vitória ou a derrota!
A Democracia e os Socialistas merecem este aprofundamento que o Partido tem vindo a fazer, para não mais permitir que ocorram hoje situações como as que aconteram em 2010, por exemplo, aquando da disputa que opôs Victor Baptista a Mário Ruivo, que este último venceu por uma diferença de dois votos, tendo como mandatário da sua candidatura o fundador do Partido Socialista António Campos. Aqui sim, com irregularidades graves, com quotas pagas coletivamente na véspera.
Durante essa madrugada foram pagas dezenas de milhares de euros em quotas a largas centenas de militantes (como é sabido, o pagamento colectivo é ilegal) na Sede do PS em Lisboa, com cheques cuja origem está por esclarecer. Curiosamente, isto parece ter-se varrido da memória de alguns (falsos) moralistas. E felizmente, são procedimentos que já não são possíveis!
Alguns dos que hoje falam, foram no passado eleitos com formatos de votação e Estatutos incomensuravelmente mais permissivos do que os actuais. Estranha-se, ou talvez não, que sejam agora os protagonistas destes exemplos que mancham a nossa História que reiteradamente pretendem fazer passar uma certa imagem do PS. Ou, citando Mona Ozouf, nos Cadernos da Revolução Francesa, “eles põem, por assim dizer, as mãos sobre o termómetro, consultando-o, e tomam pela temperatura do ar o calor maior ou menor das suas mãos”.
Gostaria de transmitir como uma última nota que a minha candidatura optou pela verticalidade e não saiu em resposta às provocações. Compreendemos que elas são próprias das disputas. Mas está nas nossas mãos fazer a diferença e foi isso que demonstrámos ao longo de toda a campanha, que agora finda. Estou certo de que essa postura colherá os seus frutos no próximo sábado, dia 6 de setembro.
Se a candidatura que represento sair vencedora, dignificarei, com honra, a responsabilidade que me for confiada! Se sair perdedora, não farei como outros, que jogando sempre, mas jogando poucochinho, procuram desculpas torpes para os seus fiascos e falhanços. Respeitarei
sempre os resultados!Talvez o meu adversário, que vai para a 4ª candidatura consecutiva – e, provavelmente, como espero, a 3a derrota, sendo que a “vitória” alcançada foi apenas por dois votos e num processo, esse sim, altamente suspeito – devesse retirar as suas próprias conclusões, quanto à
sua conduta e postura. Talvez, assim, percebesse porque é que cada vez que é candidato tem cada vez menos apoiantes e menos representatividade. Talvez percebesse por que não consegue apresentar candidatos a delegados ao Congresso da Federação nos 17 concelhos do
distrito, ao contrário da nossa candidatura, e talvez percebesse por que é que em 88 Secções do Partido Socialista no distrito de Coimbra apresenta apenas 57 listas quando a nossa candidatura apresenta 84. Este é um espelho da união e do trabalho que tenho procurado fazer em cada secção, em cada concelhia, em todo o distrito!Desejo que o acto eleitoral corra pelo melhor e que os militantes do Partido escolham em liberdade e em consciência!
Pedro Coimbra
Candidato a Presidente da Federação de Coimbra do PS
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