Política
O silêncio dos inocentes é outro filme
A candidatura de Mário Ruivo à Presidência da Federação Distrital do Partido Socialista, sob a moção “À esquerda da indiferença”, emitiu um comunicado para repudiar “as criticas que foram produzidas pela Comissão Organizadora do Congresso e reiterar todas as acusações que fez à sua condução do processo eleitoral em Coimbra”.
Fácil é escrever sobre ética, competência e imparcialidade quando as palavras não têm representação física e não têm correspondência nos atos praticados, diz Mário Ruivo, que acrescenta: Fácil é reportar comportamentos, insinuações ou fazer condenações quando nada se diz sobre os factos, nada se contesta ou nada se retifica.
Mário Ruivo garante que até à presente data todas as candidaturas, com a exceção da sua, possuem na sua posse os cadernos eleitorais, quer em suporte papel, quer em suporte digital, facto que, segundo Ruivo, a COC não desmente.
A verdade é que o candidato Pedro Coimbra possui na sua posse desde o dia 8 de Agosto, os cadernos eleitorais definitivos e a COC nada fez senão reportar para a sede nacional do PS, aceitando uma grave intromissão desta nas eleições para a Federação, conclui Mário Ruivo, que adianta que a sua candidatura não teve condições de saber quem eram os militantes com capacidade eleitoral porque os cadernos eleitorais não foram remetidos à significativa maioria das seções até ao dia 28 de Agosto, nada tendo feito a COC para, em tempo útil corrigir, essa omissão.
Mário Ruivo diz que isto é pela primeira que acontece na Federação em mais de 40 anos de Democracia, que nenhum elemento da sua equipa foi convocado para as reuniões da COC, garantindo que a comissão foi totalmente preenchida com camaradas indicados pelo candidato Pedro Coimbra.
Apesar de tudo, Mário Ruivo assume a sua participação no ato eleitoral, contra todas as irregularidades e vicissitudes, porque entende que a dignidade democrática vencerá um dia a hipocrisia, a batota eleitoral e as teias de interesses.
Por fim, apela à “COC sentido de responsabilidade e isenção para que (ainda) possa terminar o seu mandato com dignidade. Fugir às responsabilidades ou atribui-las ao Departamento Nacional de Dados do Partido Socialista, corresponde a um silêncio cúmplice. O silêncio dos inocentes é outro filme”.
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