Crimes

Defesa de portugueses suspeitos de violação em Espanha entrega recurso sexta-feira

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 29-07-2021

A defesa dos quatro portugueses suspeitos de violação de duas mulheres em Gijón, norte de Espanha, vai sexta-feira apresentar recurso da prisão preventiva decretada para dois dos suspeitos, tendo os outros dois regressado a Portugal na segunda-feira, segundo o advogado.

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A informação foi avançada à agência Lusa pelo advogado dos portugueses, Germán Inclán, que tem estado em contacto com os seus constituintes, detidos no centro penitenciário das Astúrias, após o juiz ter decretado a sua prisão preventiva, sem direito a fiança.

Os outros dois portugueses, que segundo o advogado residem na região de Braga, receberam uma ordem de libertação provisória, que Germán Inclán pretende ver aplicada aos clientes em prisão preventiva.

No sábado, a polícia espanhola anunciou ter detido quatro cidadãos portugueses por suposta violação múltipla e abusos sexuais a duas mulheres de 22 e 23 anos, numa pensão em Gijón, no norte do país.

As duas mulheres, uma asturiana e outra basca, queixaram-se de ter encontrado um homem num bar e que viajaram com ele para a pensão onde estava hospedado para um encontro sexual. No caminho, terão apanhado um segundo homem e, ao chegar à pensão, estavam lá outros dois. Todos eles terão obrigado as queixosas a manter relações sexuais.

Após a detenção dos portugueses, vários responsáveis políticos do Principado, desde o líder do governo regional, Adrián Barbón, à autarca de Gijón, Ana González, condenaram o caso e, na segunda-feira, dezenas de pessoas manifestaram-se na Praça do Município, empunhando cartazes onde se poderia ler “Contra a violência sobre as mulheres” ou “Pela justiça, basta já”.

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Segundo Germán Inclán, os suspeitos, que terão menos de 30 anos e, em Portugal, têm “um emprego estável que poderão perder se continuarem a faltar”, insistem na sua inocência e que as relações sexuais terão sido consentidas.

O causídico acrescentou que, no caso de a libertação provisória ser atribuída aos suspeitos detidos, estes deverão regressar a Portugal, onde já se encontram os outros dois, e nesse país aguardar o desenvolvimento do processo.

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