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Covid-19: Empresários de diversão itinerante manifestam-se em Lisboa para pedir resposta ao Governo
Cerca de duas dezenas de empresários da diversão itinerante estão hoje concentrados junto ao Ministério da Economia, em Lisboa, para pedir ao Governo uma resposta para o setor, que tem novamente a atividade parada devido à pandemia covid-19.
O protesto, que decorre de forma pacífica, teve início às 14:00 e irá decorrer durante toda a tarde.
Em declarações à agência Lusa, um dos porta-vozes do movimento que congrega as três associações do setor dos itinerantes, Hélio Amaral, explicou que a ação “é mais um alerta ao Governo” para a situação vivida por estes profissionais.
“Fartos de ser enganados estamos nós e não vamos cair na mesma esparrela. O que está em causa não é só o reinício da atividade, mas também os apoios”, apontou.
Hélio Amaral referiu que há muitos profissionais que “pagam os seus impostos e fazem os seus investimentos” e depois “são impedidos de trabalhar”.
“Atualmente, temos uma grande quebra de confiança, junto de todos os ministros”, afirmou.
Para o empresário, existe também uma “discriminação” face a outras atividades, como é o caso dos parques aquáticos”.
“Quando é para fechar, fecha tudo. Feiras, festas e romarias está tudo fechado. Quando é para abrir, primeiro abrem todos e nós somos obrigados a vir aqui. Então, senhor ministro e nós? É sempre a pergunta”, lamentou.
Questionado pela Lusa sobre a presença de um reduzido número de manifestantes, Hélio Matias explicou que o dia de maior mobilização será na quinta-feira, dia em que se realiza o Concelho de Ministros.
“Amanhã estaremos à porta do Conselho de Ministros e esperamos a presença de cerca de duas centenas de empresários”, perspetivou.
Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Economia referiu apenas que o Governo continua disponível para dialogar com as associações do setor.
Os profissionais de diversão itinerante, que englobam carrosséis, jogos e restauração itinerante, têm agendadas manifestações até quinta-feira.
No início de maio, em mais um protesto em período de pandemia – o primeiro que reuniu as três associações representativas do setor –, empresários da diversão itinerante concentraram-se em Lisboa para pedir a retoma urgente da atividade, prometendo funcionar com protocolos de segurança.
Acusando o Governo de negligência, a Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC) explicou que já estavam a ser assinados contratos com os municípios para recomeçarem a laborar, mas, recordou, estavam a ser bloqueados pela tutela.
Em 13 de maio, a atividade de diversão itinerante e os parques infantis e aquáticos privados foram autorizados a entrar em funcionamento nos concelhos do continente incluídos no nível mais avançado do plano de desconfinamento.
No entanto, no Conselho de Ministros realizado em 01 de julho, o governo determinou o encerramento dos parques e equipamentos de diversão em municípios de risco elevado.
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