Governo
Ordem dos Médicos do Centro critica Ministério da Saúde
O Presidente da Secção Regional Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, lamentou hoje que o Ministério da Saúde tenha preferido pagar ao governo cubano, durante seis anos, em vez de investir na promoção de incentivos à mobilidade médica em Portugal.
Para Carlos Cortes, “faz pouco sentido que o Estado português prefira subsidiar um outro governo ao invés de criar condições para que os médicos portugueses possam exercer a sua atividade em qualquer local de Portugal e, sobretudo, nas zonas mais carenciadas em termos de profissionais de saúde”.
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O jornal i noticiou hoje que a contratação de médicos cubanos custou 12 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde, nos últimos seis anos, sendo que a maior parte do montante pago por Portugal se destina, segundo autoridades cubanas citadas pelo jornal, a financiar o serviço de saúde cubano.
“Com o valor gasto pelo Serviço Nacional de Saúde, talvez fosse já possível ter no terreno um verdadeiro sistema de incentivos à mobilidade dos médicos, sobretudo para as zonas de maior carência no país, e criar um modelo mais aliciante para que os médicos aposentados regressassem ao serviço público de saúde”, explicitou o dirigente da Secção Regional Centro da Ordem dos Médicos.
“Na Região Centro vive-se uma verdadeira calamidade em termos de recursos médicos, sobretudo na medicina geral e familiar”, alertou Carlos Cortes, chamando a atenção para os riscos desta falha, nomeadamente para o correto acompanhamento dos doentes crónicos ao nível dos centros de saúde.
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