Desporto
Conimbricense Catarina Costa fica à porta do pódio na sua estreia olímpica
A judoca Catarina Costa ficou à porta do pódio na sua estreia em Jogos Olímpicos, ao sofrer uma ‘chave de braço’ no combate pelo bronze em -48 kg, diante da mongol Urantsetseg Munkhbat.
À semelhança do que lhe aconteceu em Doha no início do ano no Masters, competição que encerra a época e que reúne os melhores judocas mundiais, Catarina Costa foi novamente quinta classificada, com o amargo sabor de ter estado muito perto da ‘glória’.
Hoje, no arranque da competição de judo nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, no Nippon Budokan, com a discussão das categorias de -48 kg e -60 kg, a judoca de Coimbra, de 24 anos, deu passos firmes e fez sonhar.
Numa modalidade em que Portugal compete desde Tóquio64 e na qual conta apenas com dois bronzes olímpicos, de Nuno Delgado em Sydney2000 e Telma Monteiro no Rio2016, Catarina fez pensar que hoje podia voltar a ser um dia histórico.
Com um sorteio que se podia tornar complicado, a judoca, de 24 anos, oitava do ‘ranking’ mundial e sétima cabeça de série, teve um início seguro, ao afastar primeiro a azeri Aisha Gurbanli, e, depois, a chinesa Li Yanan.
A primeira, 34.ª do mundo, entrava nos Jogos ao abrigo da quota continental, e Yanan, apresentava-se mais bem classificada, 22.ª do mundo e 16.ª favorita entre as 28 inscritas na categoria mais leve da competição feminina.
Foram dois triunfos que tiraram pressão à judoca portuguesa, embora ainda no quadro principal não tenha conseguido, no seu terceiro combate, ultrapassar a favoritíssima Daria Bilodid (segunda), que viria a ser bronze.
Foi o primeiro momento em que a portuguesa foi colocada em ‘xeque’, com Bilodid, com mais 20 centímetros, a fazer uso da sua melhor ‘arma’, o jogo de pernas no combate no chão, onde viria a derrotar a conimbricense, com uma imobilização já no ‘golden score’ (prolongamento).
Derrotada, mas não conformada, Catarina continuou a mostrar confiança, e teve o seu momento mais alto já na repescagem, quando encontrou, ao seu quarto combate, a também favorita e campeã olímpica em título, a argentina Paula Pareto, sexta do mundo.
Catarina Costa pontuou para waza-ari a 1.47 segundos do fim, dos quatro minutos regulamentares, e soube segurar a vantagem, apesar de ainda ter sido admoestada com um segundo ‘shido’, quando defendia a margem alcançada.
Na luta pelo bronze, com a mongol Munkhbat, quarta do mundo, teve um combate equilibrado e mostrou confiança no ‘tatami’, mas a maior experiência da adversária, de 31 anos, terá feito a diferença, num combate decidido nos últimos 54 segundos.
Sem que qualquer das judocas tivesse uma supremacia evidente, no primeiro momento em que Munkhbat se conseguiu impor, garantiu o bronze com uma chave de braço à portuguesa.
A mongol conquistou o segundo bronze na categoria de -48 kg, já depois de Bilodid, que perdeu nas meias-finais, conquistar o primeiro, enquanto a medalha de ouro foi para a líder mundial, a kosovar Distria Krasniqi.
A judoca venceu no combate final a japonesa Funa Tonaki, terceira do ‘ranking’ mundial.
Nos Jogos de Tóquio2020, Catarina Costa foi a primeira de oito judocas lusos em prova, faltando competir Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro (-57 kg), Anri Egutidze (-81 kg), Bárbara Timo (-70 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg) e o bicampeão mundial Jorge Fonseca (-100 kg), e Rochele Nunes (+78 kg).
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