Portugal

Madeira vai renovar estado de calamidade em agosto

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-07-2021

O estado de calamidade vai ser renovado no início de agosto na Madeira porque a crise da pandemia da covid-19 não está ultrapassada, anunciou hoje o presidente do Governo Regional.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

“O estado de calamidade que será renovado no início deste mês”, afirmou Miguel Albuquerque no encerramento do debate sobre o Estado da Região, que marcou o fim da 2.ª legislatura da Assembleia Legislativa da Madeira.

O governante madeirense salientou que “não vivemos em circunstâncias de normalidade, mas de exceção e é perante esta condição de exceção que este debate devia incidir”, abordando as medidas que o executivo regional teve de tomar.

Na opinião do chefe do executivo de coligação PSD/CDS, neste debate, “a questão que devia ser equacionada era saber se governo e instituições conseguiram, dentro de um quadro de dificuldades e de contingências, cumprir o que era essencial”.

Albuquerque destacou que a Madeira evidencia alguma retoma no setor turístico, com a abertura do mercado inglês e as perspetivas de começarem a chegar turistas alemães em 02 de agosto, o que implica um reforço na “monitorização” e acompanhamento da situação pandémica.

O líder insular destacou os crescimentos evidenciados em alguns setores, como nas empresas tecnológicas, que apresentam um “aumento exponencial e empregam 700 jovens quadros”, e a vinda dos nómadas digitais, além do alojamento local e do Registo Internacional de Navios.

“Estamos preparados para reforçar a captação de investimento estrangeiro na Madeira”, vincou, sublinhando que “o modelo de desenvolvimento económico da Madeira não está em causa, porque é aquele feito tendo por base o apoio a empresas que contribuem para a criação de riqueza e de postos de trabalho”.

Para o presidente do Governo Regional, este debate sobre o Estado da Região veio evidenciar que a oposição madeirense “não tem capacidade, consistência, nem qualquer alternativa às políticas do governo e da maioria”.

O deputado e líder do PSD/Madeira, o maior partido da oposição no parlamento regional, opinou que “o retrato da região não é o postal ilustrado que o Governo Regional apresentou” no plenário, defendendo ser “preciso mudar” e “afirmar a autonomia e democracia com diálogo e cidadania”.

Para Paulo Cafofo, o executivo insular “é ágil a distribuir tachos” e em “encontrar bodes expiatórios” para os seus fracassos.

O socialista realçou que o Plano de Recuperação e Resiliência “é uma oportunidade única para transformar a Madeira e não pode ser mais uma oportunidade perdida”.

O deputado Paulo Alves (JPP) apontou como aspeto positivo da governação regional “a estratégia de combate à covid-19”, apostando na vacinação.

Contudo, criticou o despesismo do executivo insular, o facto de usar a “estratégia ultrapassada” de responsabilizar a República pelas situações e “esconder do povo os erros, sendo necessário recorrer aos tribunais” para ter acesso a informação, como aconteceu com o JPP, que já intentou nove ações para o efeito.

Por seu turno, o deputado único do PCP, Ricardo Lume, censurou o “modelo económico e social” implementado na região que “beneficia elites”, declarando que “os madeirenses não estão condenados a esta política de desastre do Governo Regional do PSD/CDS, porque existe um outro rumo”.

O líder parlamentar da maioria do PSD enfatizou que a oposição neste debate se comportou “como se não existisse uma pandemia e uma forte crise económica e social na Madeira”, que teve “um grande impacto na vida dos madeirenses e nos investimentos” nesse território.

Jaime Filipe Ramos reforçou que o executivo madeirense “não falhou, não hesitou, assumiu riscos e liderança” na resposta à pandemia, considerando que, se a região “estivesse à mercê do Governo da República, estaria a lamentar mais mortes”.

O responsável da bancada do CDS-PP, parceiro da coligação governamental, António Lopes da Fonseca, reconheceu que “nem tudo está bem porque a pandemia ainda não acabou”, argumentando: “Preferiam que a Madeira se agachasse a Lisboa. Não contem com a Madeira para voltar ao tempo da colonia”.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE